peaches and cream

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Oioi, bolinhos!

Essa oneshot já havia sido postada aqui, mas foi retirada para que eu fizesse algumas mudanças! Decidi repostá-la em comemoração (atrasada) ao dia dos namorados e também para agradecer por todo o carinho que tenho recebido por Scintilla! De verdade, vocês são incríveis!  

Os personagens foram inspirados em um tiktok da @@ELIANAGHEN,e acredito que se procurarem no YouTube também encontrarão o vídeo. Ainda assim, toda a história é de autoria minha, então peço que deixem seus votos e comentários e me digam o que acharam ao final da leitura.

Sem mais delongas, boa leitura!



🍰❤️

 


Um casamento arranjado nunca foi o sonho de Jimin.

Quando ainda era criança, o ômega gostava de imaginar como seria a cerimônia, fantasiava sobre as vestes em tons claros, os adornos e a decoração das mesas, o buquê de lírios rosa chá — que eram as suas favoritas —, e na playlist da comemoração, que já havia sido escolhida especialmente por ele.

Aos vinte e um, descobriu que sonhar com tudo aquilo tinha sido uma perda de tempo, pois seus pais já tinham encontrado para ele o marido ideal: Hwan Jihoon, um alfa três anos mais velho, gerente de uma grande empresa de marketing e dono de uma inacabável lista de affairs — se é que podemos assim chamar as fodas casuais do empresário.

No começo, Jimin pensou que não seria tão difícil assim se casar com um completo desconhecido, afinal, conhecia diversos ômegas que, assim como ele, tiveram seus companheiros escolhidos pela família, e que eram felizes ou viviam um casamento relativamente bom. Ele até mesmo havia se convencido que a escolha não tinha sido de toda ruim quando conheceu Jihoon e viu toda a dedicação, responsabilidade e cordialidade que transbordavam dele em cada pequena ação.

Todavia, bastaram que os primeiros meses após o casamento trouxessem consigo a realidade do que ele viveria pelo resto de seus anos para que ele percebesse: estava completamente fodido, e pior, fadado a um relacionamento sem o mínimo de amor vindo de seu marido.

Os meses viraram anos, e sem que Park percebesse, ele já havia se acostumado com a falta de interesse do alfa em tudo que tivesse relação consigo ou com a casa que dividiam. O ômega até mesmo tentou — mais de duas vezes — pedir ajuda para Hwan e, quem sabe, trazê-lo para mais perto de si e de sua rotina monótona, mas as respostas sempre eram cortantes e diretas, mostrando a finita vontade do outro de conhecer melhor o homem com quem havia se casado.

Em um dia ensolarado, Jimin guardava a toalha de mesa que havia usado pouco tempo antes, durante o café da manhã, e Jihoon se preparava para ir para o trabalho. Como combinado, o ômega ficaria em casa, estudando e se preparando para novos testes da faculdade, afinal, se tornar médico não era para qualquer um, segundo o alfa.

— Oh, querido! Antes que eu me esqueça, pode dar uma olhada na porta do banheiro para mim? Ela continua ficando emperrada. — Jimin pediu, no tom agradável e morno que sempre usava com o outro.

Jihoon riu nasalado, balançando os fios escuros e espalhando o seu cheiro amadeirado no ar antes de abrir a porta da frente de casa, pronto para sair, sem ao menos dar um beijo de "até logo" no ômega. Jimin não se mostrou ofendido, pois estava acostumado.

I'M NOT A BAKER | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora