Se afogar na cerveja

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Tenho saudades dele
Da pele branquinha
Com várias tatuagens
Dos olhos negros, que brilhavam
Ao me explicar algo incrível
Daquele cabelo preto, muito escuro

Um gole aqui, outro ali
De um álcool quase puro
Pra me apagar e te encontrar
Nos sonhos que eu nem lembro

Vem, vem pra Ipanema
Vem rabugento, reclamando de tudo
Fala que eu sou um cretino
Mas me deixa ouvir sua voz

Eu sei que sou idiota
Que não devia ter dito "eu te amo"
Mas eu odeio mentir
Principalmente pra você

A minha cerveja perdeu o gosto
Porque seu gin não tá do lado
As manhãs não são mais as mesmas
Sem o cheiro do café em casa

Eu quero voltar
Te devolver seu fone.
Será que tu abriria
Se eu tocasse o interfone?

Eu tô me afogando
Parece que eu caí da prancha
Mas agora o mar é de lágrimas

Amor de Carnaval não dura,
Mas meu maior desejo
Era que fosse pra sempre
Pra te encher de carinho a vida toda
Pra arrancar o cigarro da sua mão,
Só pra te irritar

Que se foda o combinado
Eu só quero te abraçar, boneca
Me perdoa
Tá doendo muito a sua falta
E só aqui foi mais uma garrafa

As cordas do meu violão
Já decoraram "Roda Viva"
Então me deixa voltar
Pra te ver sorrir

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