Cap 1. Vitória

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Sempre odiei visitas.
Não gosto de gente na minha casa e muito menos no meu quarto, mas é exatamente isso que está acontecendo agora. Estou tendo que suportar meu primo de 5 anos mexendo nas minhas coisas enquanto só posso olhar.
- Vitória - minha mãe me chama para descer. Ela está conversando com meus tios, pais do mini capetinha está em meu quarto.
- Vitória a comida está pronta, ponha os pratos para você e seus tios. Já falei que odeio visitas?

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Depois que meus tios vão embora subo para meu quarto para encontrar a zona que aquela criança tinha deixado aqui. Inferno.
Não entendo porque as pessoas tem filhos eles só trazem prejuízo.
Suspiro por ter que arrumar aquilo tudo sozinha, mas quando acabo sinto satisfação em ver meu quarto organizado e limpo.

Já é quase 23:00 horas e estou deitada em minha cama mexendo no meu celular.
Depois de um tempo começo a sentir sono e a cochilar.
- Vitória se for dormir desliga o celular. - minha mãe sempre me lembra disso porque tem medo que ele exploda no meu rosto. Obedeço ela e coloco na minha cabeceira e adormeço.

Quando acordo estou sentindo frio e não estou mais com a sensação maravilhosa da minha cama e do meu travesseiro, na verdade, totalmente o oposto. Abro os olhos pra ver que estou no chão em um lugar totalmente diferente da minha casa e com 5 desconhecidos a minha volta.
Todos estão dormindo, exceto por um menino que está encolhido no seu canto com uma expressão neutra. Não dá pra saber oque ele pensa, mas concerteza ele está nervoso. Percebo isso com a tremedeira descontrolada que ele está.

O garoto tem cabelo loiro, olhos castanhos claros e parece ser bem... Frágil? Não sei dizer. Ele é bem magro e não parece ter músculos, por isso parece ser delicado. Sua pele é pálida, parece aquelas pessoas que se apertar o braço um pouco mais forte vai ficar vermelho por algumas horas.

Nos olhamos um tempo em silêncio, talvez alguns minutos. Nesse tempo ele abria e fechava a boca parecendo que queria falar algo mas desistia.
Esse silêncio estava me irritando e estava cansada e olhar pro chão e ver todos dormindo.

Decido levantar e explorar o lugar que eu estava.
Quando começo a andar ouço passos atrás de mim. Me viro em alerta para poder ver quem possa ser, quando dou de cara com o garoto que a alguns minutos atrás estava encolhido e tremendo. Pelo visto ele vai me seguir. Tanto faz, ele parece ser inofensivo, e eu não quero ficar perambulando pela casa sozinha. Talvez a companhia dele me ajude em algo.

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