O DIÁRIO

(01)

ANY GABRIELLY

Mais um dia normal na minha vida , acordo faço minhas higienes pessoais, desço para tomar café da manhã e logo vou em direção á escola. Bom meu nome é Any Gabrielly Rolim Soares, estou no último ano do ensino médio, tenho 18 anos e sofro bulling sem motivo algum, com isso eu fui desenvolvendo depressão e ansiedade, tudo que acontece na minha vida eu escrevo no meu diário. Minha única amiga é a Sabina Hidalgo que é uma das mais populares da escola. Por falar nela, ela estava no portão da escola. Vou até ela.

- oii Saby! - digo enquanto lhe dou um abraço.

- oii Gaby, como você está? - ela pergunta enquanto caminhamos para a frente da escola.

- Por enquanto estou bem, desde que aquele grupinho não me venha encher o saco - falo e dou um suspiro pesado.

- Eu estou aqui Larina eles não te vão fazer nada - fala me dando um abraço de lado.

Eu e a Saby chegamos nos armários estamos pegando nossos livros, nossa primeira aula vai ser diferente, eu vou ter português e a Saby vai ter espanhol. Nos despedimos e fomos para nossas salas, chego na minha e vou me sentar na mesa do meio da sala. Estavam chegando vários alunos quando aparece nada mais, nada menos que Josh Beauchamp, uma das pessoas que eu mais odeio nesta escola, ele e o seu grupinho faz bulling comigo.

- olá cabelo de miojo- ele diz rindo.

- você se esqueceu que o seu também é cacheado né? - digo olhando ele.

- mas o seu é pior que o meu - ele diz se sentando na mesa atrás de mim.

Reviro os olhos e o professor entre na sala.

- bom dia alunos, hoje vamos dar orações e no final da aula irei passar um trabalho de grupo sobre a matéria.

A aula estava decorrendo normal quando ouço alguém me chamando e reviro os olhos de imediato.

- Anyelly, Anyelly, Anyelly, Anyelly...

Quando já estava farta de o ouvir me viro para trás.

- Josh, o que queres? - falo já sem paciência.

- Queria te dizer que és a pessoa mais feia que eu já vi - ele fala com um sorriso.

Sinto meus olhos enchendo de água mas não iria chorar na frente dele, olho para o professor peço para ir no banheiro, chego lá entro numa cabine e começo a chorar. Fico lá mais uns 10 minutos e volto para a aula.

- agora irei passar as duplas para o trabalho, Sina e Heyoon, Hina e Shivanni... Any e Josh ...

- e então onde vamos fazer o trabalho? - Josh pergunta.

- pode ser na biblioteca - falo porque não quero que ele venha a minha casa e muito menos quero ir à dele.

- você tá me zoando- fala com cara de deboche - eu não ponho nem um pé lá.

Reviro os olhos.

- Eu posso te fazer revirar os olhos de outro jeito - ele diz com cara de safado.

- me poupe Joshua, pode ser na minha casa - falo e logo me levanto, saio e vou para o pátio, procuro pela Saby e a encontro dando beijos a um cara.

"Eu que não vou para ali "

Penso.

Me sento num banco sozinha e vou comendo o meu lanche. As palavras que o Josh me disse hoje na aula não param de passar pela minha cabeça. Será que eu sou mesmo muito feia? Uma voz me tira dos meus pensamentos.

- olha quem é ela - fala a Zoe ficante do Noah Urrea melhor amigo do Joshua.

- o que você quer Zoe? - pergunto olhando ela.

- Nada não, vim aqui para te fazer uma coisinha- ela atira tinta vermelha para mim me sujando toda, cabelo, cara, roupa, meu lanche...

- Zoe isso foi muito desnecessário- falo já com as lágrimas nos olhos.

- Anyelly você tem de perceber que eu sou superior a você e você é apenas uma puta que anda por aí dando para os caras das esquinas. - ela fala com um sorriso enorme e me dá um tapa na cara muito forte.

- Para Zoe - diz Heyoon .

- Por quê Zoe? Você é mesmo estúpida - diz Sina .

- Vaza daqui - diz Heyoon.

Ela sai.

- você tá bem? - perguntam as duas ao mesmo tempo.

- sim, mas preciso ir para casa não posso andar por aí assim- falo olhando minhas roupas.

- Anda com a gente nós te damos algo para comer e depois você pode ir - diz Sina.

- depois podem avisar a Saby? - pergunto receosa.

- claro - diz Heyoon.

Elas me dão uma torrada e eu fui para minha casa, tomei um banho finalizei meu cabelo, visto um pijama um pouquinho curto e notava-se tudo, não estou esperando ninguém mesmo.