A música alta e a iluminação caótica da boate, empolgava quem estava dançando. A bebida, que circulava na corrente sanguínea gerando coragem entre os corpos da pista que se apertam e buscam contato, fez o resto do serviço que conduzia Park para a situação atual. O corpo quente se esfrega sem pudor no corpo do outro homem atrás de si, o homem mais alto que Jay o aperta entre os braços, os lábios bonitos sugando a pele do pescoço, orelha, às vezes, uma das mãos grandes, de dedos longos, às quais seguram o quadril ou adentram a camisa buscando pele, força o rosto de Jay a virar para si e os lábios se encontram em um beijo fervoroso, despreocupado.
O grupo de dançarinos da Companhia de dança Belift, estavam comemorando um trabalho de sucesso terminado. Park Jongseong estava feliz por fazer parte do grupo de elite de dançarinos e esperava alcançar a promoção para coreógrafo com aquela aquisição do grupo que integrou. Isso o fez aceitar ir aquela comemoração, beber e agora estar deixando seu corpo saciar as necessidades. Ter a atenção daquele homem para si, foi uma grande surpresa. Não era aquele momento que fez Park sentir atração pelo mais velho, tinham uma amizade tranquila e sempre eram profissionais na empresa, mas olhava o corpo, sentia vontade de tocar, além do entendimento que tinham em apenas trocar um olhar.
Jake Shim, amigo do Park de longa data, havia sumido há alguns minutos com Kim, uma das garotas mais belas da academia. Então, Jay se sentiu livre para aproveitar com um dos caras mais bonitos, Lee Heeseung.— Não gosto de banheiros de boates, Jay.
— Podemos ir pro meu AP. Só pedir um taxi, Heeseung.
— Longe demais. Deve ter algo mais perto… — Heeseung falava arrastado, seus lábios se ocupando em beijar a pele morena e macia do pescoço de Park a sua disposição, aquele sinal que simulava um desenho de coração na pele o fascinava. Estava bêbado, era notório pela voz trôpega. Mas isso não impedia de nada.
— Vamos prum motel. — Jay sugere sem parar de se esfregar, ao ritmo da música, no corpo do parceiro. — Tem alguns aqui perto.
— Dessa ideia gostei. — Heeseung vira o corpo de Jay para si, ambos de frente, as bocas se unem. As mãos grandes seguram a bunda redonda do Park. O gemido separa as bocas. — Quero te fazer gritar de prazer. Sua bunda é tão redonda.
Saíram da boate para a noite fria em busca de um motel próximo, foi rápido, estavam numa zona comercial de diversão e isso facilitou a procura. Jay, mais consciente que o parceiro, consegue um quarto. Entraram arrastados um pelo corpo do outro que não se desgrudaram, as roupas foram uma luta à parte, mas assim que os corpos se despiram, Jay se deixou ser conduzido e levado ao ápice do prazer sexual. Foi o melhor sexo que provou como passivo, isso foi um choque, pois foi com preliminares longas e quando implorou por mais, estava tão sensível e cobiçoso por seu parceiro que nem a dor inicial com a invasão sentiu.
Assim que tudo acabou e Jay sentiu suas forças retornarem levemente foi tomar um banho, um hábito que tinha, viu o corpo do mais velho jogado parecia ter cedido ao sono pós sexo, decidiu deixar ele recuperar um pouco, mas quando saiu do banheiro para convencer Lee a tomar banho, encontrou o quarto vazio. Foi embora imediatamente, não tinha sentido ficar ali. Amanhecera em sua cama, em seu apartamento que foi mais fácil de lidar com a ressaca da noite, não só da bebida, mas também de prazer. Ficou na dúvida se ligava ou não para Lee, optou por conversar pessoalmente com o outro no dia seguinte. Jake apareceu em na casa de Jay para saber da noite e contar da sua, mas Park não falou com quem havia passado a noite, Shim, também não achou relevante perguntar, estavam animados com a conquista e por terem se divertido de todo jeito.
Quando a folga acabou, Park ficou confuso, pois pareceu que aquela noite com o Lee nunca havia acontecido. Heeseung o tratou normalmente quando se encontraram. Nenhum olhar diferente, nenhum sinal. Nada. Depois de uns dias descobre por Jake que Heeseung estava dizendo não ter lembranças do tanto que bebeu na noite da comemoração, então, Jay não ousou tocar no assunto. Tudo voltou a uma normalidade simplista.
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Foi Tudo Um Mal Entendido!
FanfictionJay estava com um problema a meses, precisava aliviar seu desejo. Mas o objeto de desejo não ajuda quando tem uma amnésia alcoólica.