— Bom dia, Tomlinson. — Há um sorriso jovial em seu rosto no ápice em que ele entra, logo depositando sua maleta sobre minha távola. — Acordei com o expressivo sentimento de que hoje será o dia.
O dia.
Não sei o que significa.
Não sei se desejo saber o que significa.
Não obstante, é fatal não instigar-me, afinal, minha morada tem sido invadida por ele, dia sim, dia não.
E jamais, dentro de 2 irrestritos meses, havia vislumbrado seu sorriso.
— Não me olhe com essa cara. — Reprova. — Hoje será o dia em que voltará a escrever.
Paraliso.
Há algo na maneira em que ele curva o corpo para acender as velas, os cachos despencam sobre sua face ao empenhar-se em conter o sorriso.
Meu coração falha uma batida.
Como ele sabe?
Caso um dia eles descubram, serei torturado vivo.
Reflito este fato.
Torturado.
Não seria este, o castigo magistral a compensar todas as incalculáveis mortes que infringi durante a guerra?
Quando retomamos o exercício com o papel esmagado, meu arremesso acerta seu rosto.
Pela segunda vez, ele sorri.
É, ele acertou, o dia.
Assim que me entrevejo só, impulsiono-me no leito.
Apenas acato que superei-me quando estou em frente a távola com uma pena de corvo molhada a tinta em minha mão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
codinome beija-flor
FanfictionA guerra acabou. Louis conta com um par de braços quebrados. Um ombro perfurado. Um corpo estilhaçado. E um coração despedaçado. A última coisa que ele precisava, era do médico de combate qual o salvou, Harry Styles, insistindo em acompanhá-lo até...