A vida da adolescente, Ophelia Henderson, era bem calma na pequena cidade de Hawkins. Até que tudo muda no dia 6 de novembro de 1983, a data do desaparecimento misterioso de Will Byers, o amigo de seu irmão mais novo.
Para não deixar seu irmão e se...
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"Super poderes"
Já havia escurecido. Joyce, Hopper e Ophelia estavam sentados a mesa com o xerife contando os detalhes de como foi ao entrar dentro do laboratório. No começo Joyce ficou meio desapontada por causa da garota ter descoberto sobre o Will e não ter contado nada para ela, porém com o explicar da história a mais velha começou a entender o lado garota.
Ophelia escutava com atenção o que Hopper contava e recontava para Joyce sobre o laboratório. Tentando encaixar as peças em sua cabeça.
— Calma, me conta com mais detalhes.
— Eu já contei tudo o que eu vi.
— Conte novamente. — Joyce mandava.
— Sobre o andar de cima ou o de baixo?
— De cima. — A mulher diz tragando o seu cigarro observando o homem respirar fundo, criando fôlego para contar tudo novamente.
— Havia um laboratório. Era onde eles faziam experimentos e tinha um quarto de criança.
— Como você sabe que era de uma criança? Por que você acha que era de uma criança?
— Por causa da cama, já te falei. Tinha um desenho, um bichinho de pelúcia.
— Você não havia falado que tinha um desenho. — Joyce fala com firmeza.
— Havia um desenho. Daqueles de criança, tinha um adulto e uma criança. Tava escrito Onze nele. — O homem fala, fazendo Ophelia levantar a cabeça talvez rápido demais, para olha-lo.
— O desenho era bom? — Joyce pergunta, sem perceber o susto da garota.
— Era um desenho de criança Joyce, com palitinhos.
— Não era do Will. — Ophelia diz vendo Joyce se levantar.
— Exatamente. — A mais velha diz colocando um desenho na mesa em frente do xerife. — Não era dele.
Hopper observava o desenho a sua frente e Joyce. Quando rapidamente se levanta da mesa, e nisso Ophelia fecha seus olhos encostando sua cabeça em suas mãos percebendo aonde o homem havia chegado.
— Na noite em que o Benny morreu, Earl disse que viu uma criança com a cabeça raspada. — Ele diz fazendo Joyce e Ophelia ir atrás dele, que se senta no sofá. — Eu coloquei pressão e ele disse que poderia ser o Will. Mas...
— Mas oque? — Joyce pergunta tentando seguir o raciocínio do homem.
— Aqui. — Ele diz após mexer em alguns papéis. — Essa mulher, o nome dela é Terry Ives, aqui diz que ela perdeu sua filha, Jane. Ela processou o Brener, o Governo, porém os processos não deram nada. E se todo esse tempo enquanto nós buscávamos o Will, na verdade estávamos atrás de outra criança.
