P.O.V Lisa
Viva rápido e se arrisque, era o que minha mãe sempre nos dizia, você nunca saberia quais resultados poderia obter se não fosse lá e os obtivesse.
Eu vivia a vida com base nessa frase especificamente, eu gostava de apostar no inesperado, de tentar mudar as rotas do caminho no meio do percurso, a vida poderia ser curta demais para que se tivesse medo de vivê-la. Nós não tínhamos espaço para coisas como medo de perder dinheiro e insegurança de decair na posição, toda corrida era única e tinha seus riscos e nós estávamos dispostos a arriscar tudo, assim como se fazia com a vida, cada dia era único e teriam seus detalhes especiais e marcantes que guardaríamos conosco pelo resto de nossas vidas, então viver com base no tom amargo da piada de se viver com arrependimento era quase como pular da Golden Gate de bungee jump sabendo que o cabo iria estourar.
Tudo na vida poderia desvanecer por completo, sem que sobrassem resquícios do que um dia já foi algo, a beleza, os sentimentos por alguém, a dor, a alegria, as únicas coisas que jamais seriam apagadas eram nossas memórias dos dias que já vivemos, e se um dia batêssemos a cabeça e nos esquecêssemos de algumas coisas, as pessoas ainda assim se lembrariam do que aconteceu ali, não havia escapatória, ou você fazia as coisas direito, ou poderia ser condenado a um posto medíocre de inferioridade de caráter e personalidade. Você seria um babaca. Não havia meio termo.
Nós sempre fomos os melhores da cena, nossos corredores da TBLS eram geniais e ninguém mexia com eles, eles dominavam a lista do ranking com pontuações impecáveis, pessoas do país inteiro queriam correr com a gente e por vezes esses grandes eventos eram patrocinados por fãs especiais e frequentadores influentes do exterior.
Quando Teddy me ligou dizendo que alguns patrocinadores enviariam um corredor escolhido para apostar uma corrida de vale tudo conosco daqui uma semana, eu me agitei instantaneamente, fazia um tempo desde a última vez que nos reuniram em uma corrida contra um patrocinador de fora, normalmente eles não enviavam corredores estrangeiros, eles preferiam encontrar corredores locais por terem mais conhecimento da cidade, evitando assim qualquer desvantagem por falta de localização, mas dessa vez Teddy nos garantiu que quem iria correr conosco seria um desafio que não enfrentávamos a um tempo nas ruas de Las Vegas, e que poderia valer nossas posições de respeito na lista.
Isso era como um provocativo aperitivo para mim, eu já estava consumida pela ansiedade antes mesmo que ele terminasse de falar, se é que poderia ficar melhor, mas com o Teddy sempre poderia ficar melhor, era impressionante o dom dele de fazer as coisas ficarem caóticas e excitantes.
Eu havia estado fora nas aulas de apresentação dos professores de ontem de volta do período de férias, pois eu havia ganho outro mérito de honra por pesquisa de popularidade e companheirismo estudantil, não era a primeira vez que isso acontecia, desde que entrei para a universidade essas coisas aconteciam muito frequentemente, então não era nada fora do comum para mim e para o pessoal, eu terminei de resolver a documentação na secretária e tinha ido embora normalmente, me esquecendo de avisar Minnie que havia ido embora antes, a noite tinha sido tensa, pois tinha ido me encontrar com Zico na frente de uma oficina mecânica perto da casa dele a pedido de Jisoo e voltado para a casa logo em seguida, nada fora do normal, as meninas já estavam em casa quando cheguei, eu havia tomado um banho e ido dormir. Quando pela manhã recebi a ligação de Teddy me contando sobre o que iria acontecer nessa semana e me deixando entusiasmada. Eu estava me arrumando, apanhei minhas cosias, coloquei tudo dentro da bolsa e desci para o andar de baixo.
- Vai pra universidade hoje? – perguntou Minnie deitada no sofá enquanto eu descia as escadas.
- Vou, não tenho nada programado pra hoje até o momento e você? – perguntei adentrando na cozinha e abrindo a geladeira.
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A Billion Reasons - ChaeLisa
RomansaA vida não poderia ser mais avassaladora. A vida pode ser muitas coisas, ela pode ser lenta, quase parando ou agitada demais até para quem a vive nessas circunstâncias, a forma como levamos a vida é o nosso cartão especial de visita, pois ele diz mu...