ASIER HÉRNANDEZ
— Mandou me chamar?
— Sim! – ergo minha cabeça, encontrando Isabel parada ao lado da porta, com os braços cruzados e de cara fechada – Entre, Isabel.
— Estou bem aqui.
— Larga de ser cabeça dura e entra na porra do escritório! – elevo meu tom, o que resulta em uma cara nada amigável da minha irmã mais nova – Por favor.
Isabel revira os olhos, respirando fundo e entrando no escritório. A porta atrás dela é fechada, me permitindo ajeitar-me na cadeira de couro. Ela se senta à minha frente, cruzando as pernas e me encarando sem silêncio. Desde o acontecimento lá em baixo, ela está com essa cara virada pra mim, sem nenhum motivo aparente.
— Por que me chamou?
— A garota está bem acomodada?
— Você foi tão inconsequente ao trazê-la, que mal sabe seu nome?
— Você é minha irmã, mas eu não permito que você opine sobre algo na minha vida. Sou o chefe dessa merda, sei o que faço e não preciso que você me diga nada.
— Então me chamou pra me humilhar?
— Quero saber como está Laila.
— Tomou banho e um remédio para dor, ela está dormindo.
— Preciso de um favor – abro uma gaveta da minha mesa, tirando de lá um cartão de crédito reserva. Entrego para Isabel, que ergue uma sobrancelha ao pegar o cartão – Vá até o shopping r compre vestidos para Laila.
— E por que ela mesma não vai?
— Laila não sairá dessa mansão sem a minha supervisão. E tenho certeza que ela não irá querer vê essas coisas comigo lá.
— Irmão, me escute. – Isabel se põe de pé, me encarando com suavidade – Não prenda essa menina aqui, Laila é uma pessoa ótima e com um futuro brilhante.
— Ela será a primeira-dama da Espanha, não há futuro melhor que esse.
— Mas ela não quer.
— Dane-se! Uma hora ela vai se acostumar que nem tudo é da forma que deseja – volto a olhá-la – Não tome as dores dela, pegue seu jatinho, volte pro pé-rapado do meu marido e me deixe em paz.
— Você é um cabeça dura! – esbranja irritadiça.
— E você ainda continua na minha frente, sendo que mandei você fazer algo – foco minha atenção nos e-mails na tela do computador – Pode ir, Isabel.
— Eu vou – se afasta da mesa, mas antes de abrir a porta, ela me olha – Você se apaixonará por ela e Laila irá fazer a sua vida um inferno.
— Eu vivo no inferno, irmã. O diabo não aguentaria um dia no meu lugar. – me levanto, encarando a pequena loira abusada – Agora, saia!
Isabel finalmente sai do escritório, deixo meu corpo cair na cadeira e suspiro passando a mão no meu rosto. Nunca imaginei de uma mulher iria me dar tanta dor de cabeça. Laila é linda, uma beleza esplêndida que me deixa aliciando, mas isso não pode me deixar fraquejar. Não será uma buceta que me deixará rendido.
Me ponho de pé com rapidez, arrumando meu terno e atravessando o escritório com rapidez. Os enormes corredores me deixam pensativo, se devo ou não fazer isso. Continuo o meu percurso, subindo a escadaria até o último andar. O terceiro andar da minha casa é onde se encontra o meu quarto e alguns de hospedagem.
Preservo minha privacidade, então, o segundo andar da minha casa fica a maioria dos quartos de hospedagem. No segundo bloco da casa, é a área dos empregados, que têm os mesmos luxos que nós temos. Meus empregados todos são bem pagos, recebendo um aumento de 10% todo ano. Nunca ouvi reclamações deles sobre trabalharem com minha família.
A maior casa ainda é dos meus pais, que por serem os antigos chefes da organização, tinha uma casa fortaleza. Lá é um luxo de alto nível, tendo mais de oitocentos funcionários na casa e mais os soldados que ficam fazendo a ronda da mansão. Temo dizer que aquela casa é bem mais protegida que o bando central da Espanha.
Paro diante à porta dupla, onde deve estar a menina que perturba a minha mente como um pesadelo. Preciono a fechadura, percebendo que não está trancada. Termino de abrir a porta, já recebo a visão do corpo de Laila adormecido em cima da cama, usando apenas um sutiã preto e uma coberta branca tampando o resto do corpo. Nesse momento, o celular no meu bolso vibra.
Ligação on.
— Hérnandez – digo, ao atender
— Tive informações que sua irmã está fazendo compras no shopping de Barcelona! Espero que seja para sua futura esposa.. – meu tio Martim brinca, me fazendo suspirar aliviado por não ser o meu pai.
— Pode apostar que sim. – digo com ironia, admirando Laila dormir.
— Eu lhe conheço, Asier. Se estiver planejando algo para irritar seu pai e está pensando em me deixar de fora deasa, eu acabo com sua vida. – diz como uma criança travessa.
— Você não já é velho para essas coisas? Você já é até avô!
— Um avô novo e gostoso, diga-se de passagem. – da uma risada – Mas e aí, o que você está planejando?
— Você saberá, tio. – admiro Laila, quando ela muda a posição que estava, agora ficando de bruços na cama – Amanhã será um dia interessante.
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Vendida Pra Ti - Série Milionários 01
RomanceVol1 - Homens Milionários, Primeiro Livro Uma vida estável e pacífica era a qual Laila tinha, durante o dia opereva em sua amada faculdade e na parte da noite dançava na boate do seu padrinho. Após perder seus pais em um terrível homicídio, ela se v...