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Foi o estopim. Suas mãos seguraram meu rosto e seus lábios de boneca eram tão quentes quanto seu toque. A aceleração dos nossos batimentos foi inversamente proporcional à calmaria inicial do beijo.

Minha mão que estava em seu queixo se acomodou em sua mandíbula o trazendo para mais perto, intensificando o contato e a sensação fugaz no peito e abaixo da barriga.

E como se já tivéssemos feito aquilo, nossas línguas entraram em cena naturalmente, aproveitando a união para desbravar e sentir o calor das cavidades um do outro; as cabeças pareciam estar programadas para pender em lados diferentes.

Meus braços rodearam sua cintura e meu pescoço se aqueceu com os seus.

Juntos ao som da televisão, os estalos dos beijos foram marcando presença na sala com os suspiros ansiosos por não querermos nunca mais nos separar.

Quando a temperatura estava pra subir, diminuímos gradativamente até que sobrassem selinhos castos. Chupei sua língua e pude ver um fio de saliva interligando nossos músculos. Nossos corpos se conectavam mesmo quando separados, cada parte dele me ansiava assim como eu as dele.

Voltando aos selos, seus dedos viajaram para meu cabelo descendo e subindo num carinho que me desmontava. Ele com certeza notou minha respiração mudar de compasso. Nós sorrimos pela carícia.

Cogitei, há alguns dias, cortar meu cabelo, mas suas unhas curtas raspando na minha nuca e subindo para puxar um chumaço generoso me fizeram querer que ele sempre estivesse grande para ser maltratado com vontade por Jimin-hyung, em todas as ocasiões.

Então eu morei naquele afago, até ele lamber e morder meu lábio inferior, depois selando abaixo, onde ficava minha pintinha.

Sorri ainda embriagado pelo momento anterior, mas meu erro foi verificar se Jimin-hyung estava tão afetado quanto eu.

Seu rosto estava relaxado, o cabelo estava bagunçado, os lábios maltratados e avermelhados disputando com as bochechas, e o peito, marcado de forma sutil na blusa torta e amarrotada, se movia numa contradição entre frenética e lentamente.

Por um momento, senti inveja das estrelas e pontos coloridos refletidos da minha luminária, eram eles que o tocavam por inteiro enquanto eu o admirava. Ele estava um caos que eu queria ser o único a testemunhar.

Lá fora, o fim de tarde chegava acompanhado de um chuvisco, mas chuva nenhuma conseguiria apagar aquela queimação em meu coração.

Percebendo o quão vidrado nele eu estava, ele virou seu rosto, tímido, mas sorrindo envergonhado.

— Cadê aquela marra toda, hm? — devolvi uma mecha teimosa para atrás de sua orelha.

Seu rosto se escondeu na união do meu pescoço e ombro como resposta.

— Espero não te fazer se atrasar para a faculdade... — sua voz estava um fio, com receio de que eu fosse embora. Ele pegou uma das minhas mãos que relaxava em sua coxa para se entreter com meus dedos tatuados, como se fosse nosso último momento.

— A verdade é que ir para lá deixou de ser uma opção desde que você chegou, hyung. — fiz um carinho em sua bochecha e a senti elevar por seu sorriso crescente.

— Sendo assim...

Segurando meu pulso, seus lábios beijaram a palma da minha mão e meu dedão foi posto em sua boca, que o chupou; sua musculatura do rosto se moldou para acomodá-lo.

Aquilo refletiu diretamente em minha calça moletom. Toda aquela sensação de calor tinha voltado em questão de segundos.

— Jimin-ssi! — ele certamente sentiu meu membro despertar.

3/3 ✧ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora