Jennie é uma garota calma, reservada e heterossexual que é amiga de Lisa - uma garota lésbica que é o oposto de Jennie.
Uma noite, Jennie recebe um telefonema de Lisa, que diz a ela para encontrá-la em um clube e se divertir. O que acontece se Jenni...
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Respiro fundo e fecho meus olhos quando sinto uma brisa repentina bater em meu rosto enquanto caminho em direção ao clube. É tão bom, me faz relaxar e descontrair.
Eu prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, mas no último momento eu o puxei para trás, pensando em todas as vezes ao longo dos anos que Lisa comentou sobre como ela acha que eu fico melhor usando ele solto. Por outro lado, fico preocupada que possa parecer bagunçado e ventoso.
Eu corro meus dedos pelo meu cabelo e sorrio, pensando nos velhos tempos. Sinto falta de Lisa quando não a vejo há algum tempo, e fico grata – de uma forma estranha e mal-humorada – por ela me provocar de vez em quando. Quem sabe, talvez eu conheça alguém sexy esta noite? Poderia acontecer.
— Jen! — Eu ouço alguém chamando meu nome sobre a música. Percebi então que a dona da dita voz é Lisa e ela está praticamente subindo pelos braços e pernas das pessoas na pista de dança para chegar até mim.
Antes que eu percebesse, eu a senti me abraçando muito forte. Enquanto ela me abraça, eu me lembro novamente do que Lisa tem de bom: nada é pela metade. É o tipo de abraço que te tira o ar, cheio de entusiasmo e carinho.
— Oi... Então, você me trouxe aqui, você vai me pagar uma bebida agora? — Eu disse sorrindo docemente para Lisa.
— Não deveria ser o contrário? Você me paga uma bebida por arrastar seu traseiro idiota para fora do seu apartamento e proporcionar a você uma incrível noite de sábado?
— Bem, eu ainda não sei se vai ser incrível, não é?
Lisa arqueia as sobrancelhas e sorri.
— Você está comigo, CLARO que vai ser incrível!
Ela me arrasta até o bar, pede duas doses de alguma coisa e me entrega uma.
— De baixo pra cima? — Eu digo, hesitante. ('Virar o copo')
Ela olha para mim mordendo o lábio enquanto sorri e responde: — Se eu pensasse que poderia colocar você de baixo para cima, estaríamos na sua casa, não aqui. Mas sim, de baixo para cima.
Reviro os olhos enquanto coro.
Ela leva o copo aos lábios e o toma em um só gole. Eu ainda estou segurando o meu na minha frente, tentando entender suas palavras. Lisa flertou comigo de brincadeira muitas vezes – mais na tentativa de me fazer corar ou abrir um sorriso e na maioria das vezes ela consegue. Mas o comentário "de baixo para cima" foi feito com um tom diferente: sério e intenso.
— O quê? Você vai beber ou eu preciso fazer isso também? — ela diz, o feitiço momentâneo quebrado agora enquanto ela ri de mim.
— Ok, ok. Eu farei isso — eu rio e tento engolir tudo em um só gole.
Péssima ideia. A bebida atinge o fundo da minha garganta e instantaneamente começo a tossir, como se o fogo descesse até meus pulmões.
Lisa ri, esfrega minhas costas e pega minha mão. — Vamos, tenho alguns amigos em uma mesa nos fundos. Podemos sentar e relaxar — diz ela.
