(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Castigo.

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O CAMINHO DE VOLTA PARA O SANTUÁRIO parecia envolto em uma névoa de mudança

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O CAMINHO DE VOLTA PARA O SANTUÁRIO parecia envolto em uma névoa de mudança. Não apenas por todas as dificuldades, aprovações e obstáculos que tivemos que ultrapassar – muito mais do que literalmente – mas, também por culpa do cenário caótico que parecia se estender pelo caminho que fazíamos através do bairro industrial.

O meu coração estava resguardado. Sentia a força indestrutível blindando os meus sentimentos por saber que Devyn estava de volta em meus braços, seguro. Sentia a confiança diante das diferenças resolvidas entre mim e o Dixon nos últimos dias. Porém, ainda havia a circunstância decisiva assombrando nossos ombros como fantasmas de um futuro previsível. Nós ainda precisávamos lidar com os fatos.

Daryl havia se proposto a carregar o bebê inicialmente como o grande teimoso que era, mesmo quando eu adverti sobre o peso nos pontos na base do seu pescoço. Entretanto, o caçador não pareceu se importar com as minhas recomendações e por isso havia sobrado para mim a tarefa de "limpar" o nosso caminho diante dos caminhantes que se levantavam em nossa direção.

A situação pareceu preocupante em uma certa altura do caminho. Escombros, destroços e corpos apodrecidos dividiam o espaço com árvores arrancadas de suas raízes, postes caídos e veículos sucumbidos. Isso fez com que o Dixon me entregasse o filho seguramente e então se responsabilizasse em derrubar todos os mortos cada vez mais frequentes naquele percurso.

Devyn estava acordado e foi preso na frente do meu peito com a ajuda da camisa de mangas compridas que eu usava antes sobre uma regata. Mesmo assim, eu segurava o menino com um dos braços fortemente, como um ninho, enquanto segurava a faca em minha outra mão.

O bebê não parecia estar entendendo muita coisa, mas parecia gostar de estar preso ao meu corpo como uma bolsa de um canguru.

Daryl apressou os seus passos à nossa frente ao mesmo tempo em que levantava a Crossbow em direção a cabeça de um dos mordedores rosnando em nossa direção, acertando a sua flecha logo em seguida. Mas foi preciso deixar a balestra no chão rapidamente quando um segundo se aproximou por trás do primeiro e o Dixon precisou puxar as duas facas de caça que ele carregava em sua bainha.

Me aproximei da Crossbow no meio do caminho percorrido e fiquei atenta aos seus movimentos quando o homem enfiou aquela lâmina no crânio de mais alguns mortos-vivos vindo em nossa direção.

Guardei a minha faca na bainha, peguei a arma de caça do asfalto gasto, a deixei de pé contra o meu joelho e comecei a recarregar uma das flechas no local apropriado enquanto usava a ajuda da ponta do meu coturno pisando contra o estribo e puxando a corda com força.

Devyn soltava uma risadinha divertida em cada movimento acalorado do meu corpo se curvando contra a balestra, puxando a corda até que ela estivesse esticada o suficiente para ser travada na noz, colocando a flecha na haste e engatilhando o próximo tiro perfeitamente.

— O pirralho está se divertindo. — Comentei sobre o garoto risonho assim que me aproximei pelas costas do Dixon e voltei a entregar a Crossbow engatilhada com uma nova flecha quando ele me percebeu ao seu lado.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora