- Quero te mostrar uma coisa. - Jaemin falou, já puxando uma cadeira e se sentando.
Jeno que estava encostado no balcão o olhou com as sobrancelhas franzidas, confuso. E ficou mais ainda ao ver o rosado colocar um tipo de comprimido vermelho sob a mesa.
- Você está querendo me drogar, por acaso? - Cruzou os braços. Jaemin revirou os olhos e passou a mão pelo o rosto.
- Foco, Jeno. E não, por que eu ia te drogar? - Agora quem estava confuso era ele.
- Por que você me odeia? - Arqueou uma das sobrancelhas, o que fez o Na bufar.
- Claro. Mas olha aqui, percebeu que o Renjun está se comportando de uma maneira...
- Diferente? Sim, como não perceber. - Agora o outro colocou um potinho com várias daquelas coisas vermelhas. - Mas o que...
- Acredite, eu tive a mesma reação. - Disse, se lembrando do momento de alguns dias atrás.
O rosado só estava esperando o momento certo para falar sobre aquele assunto com o Lee. Renjun sempre estava por perto nos últimos dias, e mal chegaram a sair do apartamento. Estavam presos ali há uma semana, os únicos que saíram foram Jisung e Chenle. E agora, Jaemin aproveitou que o Huang estava trancado no quarto fazendo seja lá o que e foi diretamente atrás de Jeno.
- Espera, você acha que o Renjun está tomando isso? - Apontou para a pílula vermelha e o Na assentiu. - Faz sentido, ele realmente vem se comportando de forma diferente, mas você tem certeza e por que acha isso?
- Por que eu vi ele tomando duas dessas ontem, Jeno.
- Duas?! - Arregalou os olhos e o outro fez o mesmo, tampando a boca do Lee com sua mão.
- Fala baixo, ó idiota. - Retirou a mão. - É, duas.
- Merda. E por que você não o impediu, Jaemin?! - Se aproximou do outro, falando em um tom mais baixo.
- Ele ia saber que eu já sabia. - Se calaram ao ver Chenle passar no corredor. - Também vem reclamando de dores de cabeça insuportáveis e tontura.
- São as drogas. O corpo dele está rejeitando, mas ele está insistindo em digerir. - Negou com a cabeça.
- Como sabe?
- Eu já consumi drogas antes, cara. É horrível. - Suspirou. - Ele também vem sentindo muito frio e olha que o clima está muito quente.
- Temos que fazer ele parar de tomar essas coisas. Mas... Como? - Viu o Lee pegar o potinho e o abrir.
- Em primeiro, jogando isso fora. - Despejou todas as pílulas no lixo que tinha ali na cozinha. - Agora, temos que ter certeza de que ele não tem mais disso aí. Se ele continuar tomando, pode ter chances de convulsionar já que as drogas estão sendo rejeitadas.
- Ótimo. - Coçou a nuca. - E agora? O que nós fazemos?
- Vamos contar que já sabemos de toda a verdade e... Torcer para que ele não surte.
Enquanto isso, no quarto, Renjun estava encolhido na cama. Suas pernas levantadas até o peito e eram abraçadas por seus braços. Há exatamente duas horas atrás havia tomado mais duas pílulas e agora, o efeito já está surgindo em seu corpo. Sua cabeça latejava de tanta dor e sua visão girava, estava tonto e poderia desmaiar caso cedesse ao efeito das drogas que continham nas pílulas. E por incrível que pareça, seu corpo estava frio, mas seu sangue mais quente do que nunca. Vários pensamentos tomavam conta da sua cabeça. Se lembrava do barulho alto do tiro que levou supostamente o seu pai a óbito há alguns dias atrás e outros de anos atrás.
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dear, renjun.
General FictionOnde Huang Renjun, um chinês de 23 anos, é transferido para trabalhar em um hospital psiquiátrico e seu trabalho seria cuidar psicologicamente de um paciente um tanto pertubado, no caso Lee Jeno, mas na verdade, este só carregava traumas profundos d...