“Lanye, o tio é meio doido, né? Mas saiba que ele te ama muito" Mockingbird-Eminem
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4 DE MARÇO DE 2008. 17:08 da tarde. SHIBUYA, Tóquio.
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— Você precisava ver a cara dele quando você disse que não pertencia mais aquele maldito clã! — Meu tio Toji dava altas gargalhadas enquanto dizia.
Depois que aquele show de horrores foi declarado como "encerrado", meu tio não pensou duas vezes antes de ameaçar aqueles velhos e a qualquer outro ser naquela sala. Ele havia dito que se ousarem tocar em mim novamente, ele não iria exitar em transformar o mundo jujutsu em um inferno. E, claro, houve muitos protestos da parte de Naoya, mas Gon o colocou em seu devido lugar.
Assim que eles tiraram aquelas malditas correntes que prendiam meus pulsos um no outro,meu tio me puxou pelo braço e me levou para algum lugar longe daquele ninho de cobras, e mais uma vez , ouvimos mais protestos de Naoya, que só recebeu um dedo obsceno de meu tio.
E cá estávamos nós dois no alto de um edifício, sentados em sua borda tomando um sorvetinho.
— Eu não tive culpa, ele quem me obrigou a fazer isso. –Eu disse enquanto tomava meu sorvete de flocos.
— Eu sei que não. Não sou a melhor pessoa do mundo mas, meu irmão não é nem perto da mais boa e confiável. Sei que depois dessa sessão de tortura ele ira lhe procurar para voltar para o clã. – Toji disse me encarando sério, mas logo depois sorriu.
— O que foi? – O perguntei.
— Nada, só estou reparando em algo. Sorvete de flocos, hein? – Me cutucou com seu cotovelo e depois encarou o horizonte.
— O que tem demais nisso? — Perguntei novamente, dessa vez eu estava com a cabeça tombada para o lado.
— Hum... Eu só reparei na forma como você se parece com sua mãe. Só isso. Coisa boba. – Disse abanando as mãos como se realmente fosse uma coisa boba.
Mas, não. Nada que tivesse a ver com minha mãe era algo bobo. Talvez porque eu nunca a havia conhecido e, por não ter a conhecido, eu passei a criar um sentimento de curiosidade em respeito a ela. Minha mãe me teve muito nova, e teve principalmente Haikka mais jovem ainda. Quem diria que três anos depois a sua mais nova filha seria a causadora de sua morte. Eu tentei de todos os jeitos não me culpar por sua perda, mas Haikka e Naoya deixavam aquilo bem claro. Deixavam claro para mim que eu era uma assassina, e foi eu quem tirei a vida de minha mãe quando nasci.
— Sua mãe também gostava de sorvete de flocos. – Ele disse. — Lembro-me perfeitamente do dia em que ela comeu dois potes de Flocos sozinha. Naoya foi à loucura. – Deu de ombros.
