PARTE VI

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Sempre me dei muito bem com os quatro irmãos Ferrari, na verdade, praticamente crescemos juntos, mesmo quando eu morava fora, sempre vinha para passar uma temporada com eles, o que sempre foi muito fácil pela amizade dos nossos pais

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Sempre me dei muito bem com os quatro irmãos Ferrari, na verdade, praticamente crescemos juntos, mesmo quando eu morava fora, sempre vinha para passar uma temporada com eles, o que sempre foi muito fácil pela amizade dos nossos pais. 

Claro que tive que aprender a lidar com cada um, como a birra da Selena, as provocações do Alexandre, as observações certeiras do Saulo e, claro, o jeito explosivo e incontrolável do Apolo.

No início, meus pais me mandavam, ou a tia Estela e o tio Carlos iam me buscar, mas depois que cresci, perdi as contas de quantas férias da faculdade de gastronomia vim passar aqui. 

Quando recebia dispensa do exército americano era para a casa deles que vinha também e tudo seguiu assim, até que eu me mudasse de vez. Não era à toa que eles me chamavam de "o quinto irmão".

Vivemos boas aventuras juntos, aprendemos, erramos, brigamos, fizemos as pazes, eu fui para as formaturas deles, eles foram para a inauguração do meu restaurante e em todos os momentos essenciais, sempre nos incluímos um na vida dos outros e eles sempre me fizeram sentir como parte deles, sem diferenciação.

Lembrava que bem que pouco tempo antes de inaugurar meu restaurante, fizemos uma viagem, só os homens, e claro que Selena ficou puta, mas ela agradeceria se soubesse um terço do que aconteceu naquilo tudo. 

O destino foi de responsabilidade do Alexandre e quando o jato pousou estávamos todos em Porto Rico. Saulo, aquele fodedor tarado, já fez questão de reservar as hospedagens no hotel mais próximo às boates e a um clube da pesada na cidade, enquanto Apolo e eu apenas seguíamos o ritmo deles.

Saímos, bebemos, chamamos atenção, dançamos e amanhecemos o dia bêbados na praia. Alexandre chegou só de cueca no hotel, porque usou as palavras erradas com a sua acompanhante da noite, Saulo conseguiu um rasgo de unhas que ia das suas costas até o pescoço, eu estava tentando lembrar meu nome e Apolo estava ainda mais insuportável de ressaca. 

Paramos por aí? Não mesmo! Continuamos com a programação maluca e terminamos outra noite no clube que Saulo queria tanto ir e porra, eu nunca tinha pisado em um lugar como aquele na vida, a coisa era realmente séria e cara, mas a diversão era garantida, se era que entendiam o sentido do termo diversão.

Mas bom, nem tudo foram flores. Nessa mesma noite fomos todos expulsos do clube, ou pelo menos do que restou dele, já que um infeliz surgiu das profundezas do inferno, alcoolizado e resolveu procurar problema com a única pessoa que não o perdoaria sem três socos na cara: Apolo.

De longe vi a confusão armada e ainda estava me aproximando no intuito de separar, quando percebi mais homens se aproximando para atacarem Apolo e esqueci a ideia inicial, já chegando na violência. 

Ao fim, estávamos os quatro de pé e uns sete deles no chão, com mais três ainda se assanhando para apanharem, enquanto os seguranças do estabelecimento os seguravam e as mulheres estavam todas recolhidas em um canto, assustadas.

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⏰ Última atualização: Jun 26, 2023 ⏰

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CONTO - OS DEZ DIAS (sem Apolo Ferrari)Onde histórias criam vida. Descubra agora