twenty.

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- Você citou que se fossemos pegos... Iríamos voltar para a clínica? Por que? - Renjun perguntou em um tom baixo a Jisung.

Estavam dentro do carro de Mark. Por um milagre, Donghyuck ficou caso acontecesse alguma coisa. Tiveram outra discussão sobre quem ia na "frente" e acabou que Jaemin ganhou, ele conversava tranquilamente com o canadense assim como Chenle e bem... Renjun acabou indo no colo do Lee. Estava com os braços envolta do estofado do banco de Mark e ficando quieto o máximo possível.

- Jaemin e Jeno voltariam, mas você...

- Cadeia. - Completou, certo de que aquilo iria acontecer se os encontrassem.

- Renjun, ninguém aqui vai para cadeia, tá bom? Muito menos você. - Segurou na mão do Huang. - Não se eles descobrirem o jeito que estava ontem. - A atenção de todos foram tomadas por aquela frase, até mesmo Mark e Jaemin que conversavam tranquilamente.

- O que..? - Suas sobrancelhas se franziram, o aperto das mãos do Lee em sua cintura se intensificando. - Como assim?

- Digamos que você meio que surtou por causa dos remédios, Injun. - Jeno disse, fazendo um carinho ali.

- Tava' mais pra' crise de raiva...

- Chenle! - Seu namorado o deu uma cotovelada.

- Espera, gente. Me expliquem o que aconteceu direito. Eu estava desacordado e quando eu vou até a-

- É como o Jisung disse, Junnie. O Jeno jogou todos as pílulas fora e você simplesmente... Surtou. - Explicou o rosado. - Você jogou um vaso na parede que quase se chocou contra eles dois. - Se referiu ao casal ali. - Você... Estava em uma crise de raiva.

- Exatamente. Se eles descobrirem o que você passou podem arriscar te colocar na clínica. Isso é... Se você não já teve outras antes, é claro. - Renjun iria voltar a falar, mas Chenle foi rápido em dizer algo que surpreendeu todos ali.

- Não diga que é mentira porque não é, Renjun. Mas se lembra de quando você jogou sua mochila da escola em uma garota? Você tinha ficado quase da mesma forma como ontem. - O Huang suspirou, se lembrava perfeitamente daquele dia.

- Ok, gente, estamos chegando. - Avisou o canadense.

- Só deixa a gente na casa dela logo e busca o Hyuck.

...

- Chegamos. - O chinês mais novo disse, com um pequeno sorriso no rosto. - Lar doce lar.

Subiram as pequenas escadinhas que dava para um tipo de varanda da casa, mas Renjun nem se esforçou para se mexer, receoso e com um sentimento horrível. Aquela casa não lhe trazia boas lembranças. Estava ansioso, com medo, sentia algo ruim bem na ponta do estômago. Algumas lembranças vieram em sua mente, e seus olhos se encheram de água, apertando as mãos em punho respirou fundo, tentando ao máximo afastar aqueles pensamentos e andou em passos lentos até onde os outros estavam.

Chenle tomou a iniciativa para bater na porta, com Jisung ao seu lado. Jeno e Jaemin ficaram mais atrás e Renjun preferiu ficar mais atrás de ambos, como se estivesse se escondendo - e realmente estava - como iria reagir ao ver sua mãe depois de tanto tempo? Ou melhor, como ela reagiria? Jurou sentir seu coração parar de bater por alguns segundos ao ouvir passos vindo do lado de dentro da casa e logo em seguida o barulho de chaves. A porta foi aberta, revelando uma senhora que aparentava ter seus quase 60 anos de idade. Ela sorriu grande ao ver Chenle e o abraçou fortemente. O Huang não conseguia escutar mais nada, parecia que seu mundo havia totalmente desabado, só conseguia prestar atenção na mulher, seu olhar fixado somente ali.

- Mãe, eu... Quero te mostrar uma pessoa. - O acastanhado segurou a mão da progenitora e o sorriso dela foi se desmanchando aos poucos ao ver Renjun.

Jeno e Jaemin olharam para si, com as sobrancelhas franzidas. Renjun estava pálido, os lábios quase roxos.

dear, renjun.Onde histórias criam vida. Descubra agora