Primavera - Abril
O alarme tocava pela terceira vez seguida, em um volume que quem ouvisse julgava capaz de despertar toda uma vizinhança.
E isso tudo era necessário para acordar uma garota sonolenta, que depois de alguns resmungos incompreensíveis o desligava, com seus cabelos bagunçados, uma carranca que expressava toda sua mistura entre preguiça e o ódio que usaria de combustível para viver a manhã daquele dia.
Seu olhar confuso passeava pelo próprio quarto, estava perdida tentando reconhecer o ambiente, inconscientemente um filete de saliva que descia de sua boca enquanto dormia, insistiu em sair novamente.
Após cerca de 5 minutos esperando seu corpo fazer o download de sua alma, a garota caminhava em passos desajeitados até o banheiro, se despindo de seu pijama, que consistia em uma camisa larga branca e pantufas de coelhinho.
Colocou uma touca de banho em seus longos cabelos alaranjados, finalmente adentrando aquela água fria, que a arrepiou logo no primeiro contato, o choque foi tanto que a despertou no mesmo instante.
Após sua higiene matinal, a garota enrolou seu corpo em uma toalha branca e felpuda, tão fofa, como "ser abraçada por um urso panda", provavelmente a maior sensação de conforto que sentiria durante o longo dia que iria passar.
Já em seu quarto, passava alguns problemas com seu uniforme, nunca foi acostumada a usar alguma coisa desse tipo, agora ela entendia o motivo de seu pai tanto reclamar, dar nó em uma gravata era realmente difícil, mas pelo menos, era o que faltava para se encontrar pronta, já vestia suas sapatilhas, a meia calça preta, uma saia azul escura e a camisa social branca, que por mais que não gostasse, teria que colocar por dentro da saia, odiava seguir essas novas regras.
já pronta a garota se encarava no espelho de seu guarda roupa, por mais frouxa que a gravata estivesse lhe causava uma leve impressão de sufocamento, era engraçado ver ela vestindo algo assim, nunca se imaginou em uma situação assim.
Apanhou a mochila já organizada por si durante o dia anterior, e se direcionou a sala de estar, descendo as escadas, escutando barulhos vindo de sua cozinha.
Como a garota já esperava, se deparou com sua irmã Nojiko, a garota vestia um salto, sua calça jeans com pequenos rasgos no joelho, vestia também a camiseta da farmácia em que trabalhava, seu uniforme.
Seus cabelos azuis presos por um laço vermelho, batom um tanto provocante, que resaltava a belíssima pele parda da garota.
– Você está linda com o uniforme Namizinha! –
A garota inflou as bochechas com o comentário, tentando não demonstrar o apreço pelo elogio, e falhando miseravelmente nisso.
A irmã mais velha lhe serviu uma caneca com cappuccino, cujo a ruiva prontamente o pegou é agradeceu a ela, bebendo de uma forma um tanto exagerada.
– Tá ansiosa?
– Talvez um pouco... é meio confuso pra mim – Nami responde com um bocejo entre suas frases.
– Pra todos nós!
– É, tô me conformando desde já que o primeiro dia é sempre uma merda, não é esse que vai ser diferente.
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O mundo vai acabar (e ele só quer dançar)
FanfictionTem 15 anos e nunca vi mais inocente Compulsivamente compromete com a verdade Um sorriso que balança qualquer mente Envolvimento perigoso na cidade Traz na mochila, garrafas e cigarros Sem amanhã, por diversão, roubava carros De camisas largas e che...