dangerously in Love - Gar e Rachel

Capítulo um

Notas iniciais

Olá!
Só queria deixar dois pontos claros:
1° Ambos os personagens principais (Rachel e Gar) tem dezoito anos.

2° A fanfic irá se iniciar após a quarta e última temporada da série "titãs", na cena do jantar, porém esqueçam a parte em que todos se mudam, aqui na fanfic, isso não vai acontecer (pelo menos, não agora).

***

Rachel

Eu olhei ao redor, todos rindo, felizes, conversando e comendo, eu me senti feliz, me senti em casa, senti todo o amor por aqueles que eu considerava a minha família.
Eu ainda estava chateada pelo Sebastian, na verdade, acho que está mais para pensativa... Ele está morto e era meu irmão, toda aquela trevas, aquela maldade, a dor, eu deixei que tudo o consumisse, não consegui fazer nada para impedir, me senti impotente.
Agora, eu só podia torcer para ter umas merecidas férias, não há mais nada que eu possa fazer e ficar me martirizando só vai piorar tudo.

Meu olhar se encontrou com o de Gar por míseros segundos, ele sorriu para mim, meu coração acelerou e eu sorri de volta, tentando ignorar as palpitações do meu coração.

Acabei com a troca de olhares, desviando primeiro e enfiando uma colher de musse de chocolate em minha boca.

Humm, isto está divino!

Continuamos comendo e conversando, até que  finalmente voltarmos ao ônibus.
Já se passava da meia-noite, era quase duas horas da manhã e eu já estava caindo de sono, acho que todos estavam, pois assim que adentramos no automóvel cada um foi para sua respectiva beliche.

Eu retirei os sapatos e peguei um pijama, indo até o banheiro para me trocar e quando sai dei de cara com Gar.

— Boa noite. — meus lábios se formaram em uma linha reta em uma tentava de sorrir, mas eu estava cansada demais até para isso.

— Boa noite Rachel. — Gar sorriu, um sorriso bem melhor do que o meu, em seguida passou a mão pelos meus ombros em uma espécie de carinho e entrou no banheiro.

Eu fui até a cabine que eu dividia com ele, pensei em já fechar a porta, mas logo ele viria, então deixei aberto mesmo. Eu dormia na parte de baixo da beliche e ele dormia na parte de cima.
Após me despedir de todos e desejar uma boa noite, eu me deitei, puxando o cobertor até o meu pescoço e caindo no sono poucos segundos depois.

Eu escutava alguns ruídos, senti que alguém estava me observando, eu sabia bem que não estava sozinha. De repente abri meus olhos, mas era como se eles ainda estivessem fechados, tudo o que eu enxergava era a escuridão absoluta.

— Eu estava esperando por você. — Ouço uma voz rouca por trás e me viro para encarar o indivíduo.

Sebastian?

— Você não deveria estar morto ? — Perguntei com a voz áspera.

— Você também não deveria estar ?

O que ?

— Não confunda a cabeça da sua irmã, Sebastian. — A voz saiu carregada de rancor e ironia.

Trigon ? O que está acontecendo?

Ele era como um vulto em meio a toda aquela escuridão, eu não podia vê-lo, mas eu sabia que estava ali.

— Que isso? — Sussurei mais para mim do que para os outros, dei alguns passos para trás. — Aonde eu estou? — Perguntei em alto e bom som aguardando que um dos dois me respondesse, mas tudo o que eu recebi foram risadas escandalosas  com o ar maldoso.

— Rachel, Rachel... — Sebastian se aproximou perigosamente de mim e empurrou a minha cabeça para trás, mas precisamente, a pedra que ficava em minha fonte.

Inesperadamente pareceu que eu estava caindo em um poço sem fim de dor.

Eu acordei, minha respiração estava acelerada e a minha cabeça doía muito. Que esquisito, parecia ser algo real.
Balancei a minha cabeça, tentando afastar as últimas lembranças desse sonho maluco e me levanto.

Não sei que horas são, mas sinceramente não estou afim de voltar a dormir. Fui até a cozinha, enchendo um copo de água e pegando um analgésico. Eu me virei de costas, bebendo todo o líquido do copo de batucando minhas unhas na bancada, até sentir alguém se aproximando.

— Rachel?

Meu corpo sobressaltou, mas eu me virei e vi que era o Gar.

— Oi.

— Porque você está acordada as quatro horas  da madrugada ?

— Perdi o sono. — Respondi dando os ombros, sem querer tocar no assunto daquele sonho. — E você ?

— Eu vi você vindo para a cozinha e, como você nunca acorda no meio da madrugada, vim ver se tinha algo de errado.

— Está tudo bem. — Respondo com um sorriso singelo.

— Já que você está acordada quer fazer alguma coisa ?

— Não está com sono ?

Ele apenas deu de ombros.

— Quer assistir um filme ? 

— Pode ser.

É, um filme com certeza me faria parar de pensar nesse bendito sonho.

Gar pegou o notebook, já indo para a cabine  e eu bebi mais um copo de água e peguei uma barra de chocolate em uma das gavetas.

Eu sei que está cedo demais para comer doces, mas não existe horário certo para comer chocolate.

Voltei ao quarto e dei de cara com Gar jogado em minha cama, com o computador em cima de sua barriga.

— Peguei um chocolate. — Falei mostrando a barra e ele sorriu.

Gar se arrumou em minha cama, dando espaço para que eu pudesse me deitar em seu lado.

— Quer ver o que ?

— Comédia, por favor.

Logo ele colocou um filme do Adam Sandler e assistimos o filme em completo silêncio comendo o chocolate.