aula de artesanato

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"Jisoo "

- Eu... não tenho certeza sobre isso, mas depois da primeira refeição, teremos aula de artesanato, o meu plano é. Precisamos distrair algum guarda ou enfermeiro, pegar as chaves e as prensamos nesse sabonete, assim podemos tentar ao menos fazer uma chave de argila que conforme o tempo ficará dura o suficiente para podermos usá-las. Agora o problema é... qual guarda ou enfermeiro?

- Eu... eu posso conseguir as molduras da chaves - falei pra Shuhua, tentando esconder a minha animação perante ao plano, tinha tudo para dar certo. Ela me olhou desconfiada, e eu entendia o seu motivo - Confie em mim, eu posso conseguir isso.

- Certo... - ela olhou em volta, deu alguns passos até ficar atrás de mim e logo pude sentir o peso em meu bolso, minha mão indo direto para aquele ponto - Temos que ficar afastadas enquanto isso, pois podem desconfiar, nenhuma mulher aqui tem amizade, e temos que agir igual a elas a partir desse momento, me chame assim que conseguir as molduras das chaves.

Assenti para ela caminhando até um banco e ficando ali, podia ver rosé as vezes, aparecia ali no jardim verificava algumas pacientes e sorria discretamente para mim, ela era a minha esperança, as suas visitas noturnas eram a minha esperança sobre as chaves. Eu sorri de volta, a encarando tão profundamente que por um momento pude ver o quão linda ela era, o seu tom de cabelo claro , aquela cor ficava linda nela, sua pela clara, ela era muito linda. Balancei a cabeça quando ela se aproximou saindo finalmente do transe estranho que ela me causava.

- Se alimentou bem? - Rosé perguntou se sentando ao meu lado, dessa vez eu não recuei nem um pouco, fiquei até feliz que fosse ela e não outra pessoa. Assenti, dessa vez depois de Shuhua analisar o nosso almoço eu pude comer, bem até, não estava ruim, porém não era um daqueles banquetes que rosé trazia, mas dava pra engolir - Já escolheu alguma aula-

- Artesanato - respondi antes dela terminar pensando no plano. O guarda me olhava de uma forma assustadora, não era a primeira vez que ele me observava, porque eles me olhavam daquele jeito?

- É um bom começo - a mulher olhou na direção em - que eu olhava, acho que provavelmente vendo o tal segurança me olhando tão intensamente com um sorriso de canto nos lábios, aquilo me deixava apavorada. rosé se levantou rapidamente, caminhando até ele me fazendo ficar supresa quando o cara recuou, ele tinha quase dois metros e mesmo Rosé sendo alta, ele era muito maior que ela. Ela estava... me protegendo?

O sinal tocou mais uma vez, me fazendo conhecer aonde seria as aulas de artesanato, era tão quieto que chegava a ser ensurdecedor, ninguém falava nada, nem mesmo as enfermeiras responsáveis falavam algo, pelo contrário elas eram tão rudes desnecessariamente que por várias vezes eu tive vontade de chorar. Até que uma delas levantou uma mulher pelo os cabelos e deu um tapa tão forte em seu rosto que eu tremi de cima a baixo com medo de fazer algo errado.

- Sua vadia de merda, não serve nem pra mexer em uma simples massinha! - a enfermeira gritou, rindo quando a tal mulher começou a chorar - É só isso que você sabe fazer? Eu escutei o seu choro quando passou pelo o projeto vinte e dois, de todas o seu choro é o meu favorito.

- Sooyoung, solte ela antes que algum médico entre aqui - gravei aquele nome na mente, "Sooyoung", talvez ela fosse uma ameaça. Olhei por cima do ombro diretamente para Shuhua que aproveitava a distração de todos para esconder um pedaço de argila em seu bolso.

Sooyoung a empurrou fazendo a mulher cair no chão, pude escutar um estralo e logo em seguida o grito de dor da tal mulher, a outra enfermeira puxou seus cabelos e tampou a sua boca abafando seus gritos dolorosos.

- É melhor você ficar com essa boquinha fechada, a não ser que queira passar pelo o projeto mais uma vez - quase de imediato a mulher se calou, mas pude escutar a sua voz falha quando a enfermeira tirou a mão de sua boca.

- Meu pé... dói... - Sooyoung gargalhou pisando com tanta força no pé da mulher que a mesma acabou desmaiando provavelmente de tanta dor. Meu estômago se revirou e eu não consegui segurar, acabei vomitando o pouco que comi no almoço ali no chão, um gosto amargo saiu no final e quando abri os olhos pude ver um filete de sangue entre a gosma que havia saído da minha boca.

Levantei meu rosto devagar vendo que as duas enfermeiras me encaravam com raiva e eu temi por tudo no momento em que Sooyoung se aproximou de mim. Senti um tapa forte em meu rosto me fazendo ficar tonta por alguns segundos, minha bochecha ardia e formigava que eu mal conseguia senti-la. Os fios da minha nuca foram puxados me derrubando no chão e a minha única reação foi cravar os meus dentes no ombro de Sooyoung, a ouvir gritar, mas mesmo assim eu a mordia com mais força, e não parei nem quando senti o gosto do seu sangue ultrapassando seu uniforme.

- ME SOLTA SUA PUTA! - ela ordenou mas eu não fiz aquilo, aproveitando que ela estava perdida na dor e dando um chute entre as suas pernas a fazendo soltar os meus fios e cair bem em cima do meu vômito. Senti duas mãos em meus braços e pude escutar algumas risadas direcionadas a Sooyoung que agora estava completamente suja, e com uma mancha de sangue em seu ombro.

- O que está acontecendo aqui? - a voz de Rosé preencheu a sala, me fazendo relaxar por alguns segundos - Soltem ela - ela ordenou quando me viu - Eu mandei soltar ela!

Os dois fortes seguranças me soltaram, indo em direção a Sooyoung ajudando levantar mas se afastando assim que viram o seu estado crítico, Rosé caminhou até a paciente que ainda se encontrava desacordada checando a sua pulsação.

- O que aconteceu?

- Ela deu um tapa nessa paciente! Quebrou o pé dela e a fez desmaiar de tanta dor! - eu me pronunciei, Rosé me encarou - Todas aqui estão de prova! Eu não estou mentindo!

- Levem a paciente 1987 para a enfermaria e cuidem dela, a aula de artesanato foi suspensa voltem para os seus alojamentos. Você vem comigo - ela segurou o meu braço me empurrando para longe dali e me levando até uma sala que mais parecia um escritório pedindo para que eu me sentasse, mas eu não me sentei.

- Você não acredita em mim, não é?

- Não disse isso.

- Seus olhos dizem por você - murmurei - Não precisa acreditar no que eu falo, mas eu sei o que eu vi!

- Ela tocou em você? - eu assenti.

- Ela me deu um tapa e puxou o meu cabelo, eu só estava me defendendo! - ela riu baixo, porque ela estava rindo?

rosé se levantou andando até mim e passando o dedão pelo o pequeno corte que havia ficado em meu rosto por conta do corte, prendi a respiração quando ela deu um beijo em minha bochecha ainda dolorida me fazendo dar um passo para trás. A olhei vendo que ela ainda sorria, mas... o seu sorriso era triste.

- Gosto da sua coragem, soo. Vem, vou te levar para o seu quarto.

1996 - chaesoo Ver. ( g!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora