⬚ Capítulo 9 . .

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Uma nova noite faz-se presente no vilarejo Phamqam junto da lua minguante, onde por incrível que pareça, o sítio está extremamente silencioso que o normal. Nem um grilo sequer, como se esperassem por algo aterrador acontecer.

Epona acorda pronta, e sem enrolar mais, levanta da rede, prepara o alforge e coloca ele nas costas, verificando se Arryn dormia tranquila. E dormia tranquila, o que faz a poniriw suspirar de alívio em saber que não a acordou a preparar as coisas. Sai do quarto com todo o cuidado do mundo até para fora de casa, apenas ficando aliviada quando fechou a porta já no lado de fora.
Olha para a floresta e sente um leve arrepio na espinha, mesmo sabendo o que poderia enfrentar se chegasse lá. Com uma face séria e sede de vingança nos olhos, trota na direção da floresta Busnua.

O tempo está nublado naquela noite e, para a sorte dela, carrega uma lamparina pela boca.
Poderia ter trazido a lamparina de cabeça? Poderia, mas iria incomoda-la toda a vez que virasse a cabeça.
O tempo passa e parecia uma eternidade de tanto trote, até que de repente ouve um barulho e rapidamente se esconde atrás de um grosso tronco com musgo, apagando a lamparina de imediato. Ergue um pouco a cabeça para ver o que está na sua frente para poder analisar e planear um ataque.

E no momento em que está mais focada em algo, uma surpresa inesperada aparece no seu lado.

--Hey!

A alma de Epona quase sai do corpo com o susto que leva, e que também por pouco não grita com aquela aparição repentida da sua amiga.

--Arryn, o que caralhos estás aqui a fazer?-pergunta séria e ao mesmo tempo irritada.

--Fingi que dormia para depois seguir-te. Tu estavas estranha durante a tarde e como senti que saíste do quarto, segui-te.

--Arryn, tu por acaso tens noção do que estou a fazer agora?

--O mesmo de quase todas as noites, caçar Osocour.-fala como se fosse algo óbvio.

--Definitivamente.

A iaque albina olha no fundo dos olhos da poniriw, para no final murmurar um 'aish' cansada e desmotivada, olhando para a frente, na direção onde possivelmente o monstro ia aparecer a qualquer momento. Epona copia a mesma ação indiferente.

--As cartas tinham razão sobre esta noite.

--Sobre o quê?

--Li que esta noite realmente ia ser a definitiva, mas que ia acontecer algo mais nela.-por não ouvir nenhum deboche ou murmúrio seco vindo da amiga, continuou.-Li que ia haver uma revelação importante.

--Essa revelação importante seria a aparência de Osocour?-pergunta indiferente, afinal, ela não liga para as cartas Hadir.

--Não sei, elas não especificam as coisas.-bufa desiludida e continua a olhar para a frente.

De repente ouvem um barulho perto, e ambas que estavam descontraídas, ficam sérias e focadas para o que estaria por vir. E o que estaria por vir, aparece na frente delas uns segundos depois.

Mas ambas ficam meias surpresas com o que estão a encarar.

--Pai? Que fazes aqui? Não estarias no escritório hoje?-a iaque está confusa com o líder do vilarejo na frente delas, mas o iaque adulto não reage àquelas perguntas.

Tomo dirige os olhos para a figura ao lado da sua filha, com frieza e ódio.

--Tu realmente achas que vais matar Osocour?-pergunta

--Eu não acho, eu tenho absoluta certeza.-responde persistente.

--Achas mesmo que vai conseguir matar a criatura que matou Elwyn?-naquele momento, o tom de voz dele é de rancor, um rancor que guarda à muito tempo, supõe Epona.

A Lenda de OsocourOnde histórias criam vida. Descubra agora