Capítulo 1

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Adega do alvorecer

Diluc organizava papeladas antigas de trabalho e cartas que foram enviadas a seu pai.

No meio da pilha de papéis um envelope de cor amarelada e selo vermelho. Não tinha destinatário e muito menos nome, o que chamou a atenção do mesmo.

Após abrir a carta ele reparou que é uma escrita familiar e começou a ler.

" Enquanto eu passeava pela terra das altas lamentações, encontrei uma flor flamejante e meu primeiro pensamento foi em Diluc, aquele cabelo ruivo combinava com sua aura durona. Várias coisas me fazem pensar nele, mesmo que inconsciente ele invade minhas memórias me causando arrepios.."

A carta estava incompleta, e Diluc percebeu que um pedaço dela havia sido rasgada, sinal de que o envelope já teria sido aberto e selado novamente.

A escrita familiar não era atoa, ele vasculhou outros envelopes e viu o nome de Kaeya em um deles, e logo associou as letras idênticas.

Se não fosse Kaeya que tivesse escrito a carta ele pensaria que fosse uma declaração de amor incompleta, mas logo descartou a ideia.

Mesmo que Diluc não ligue para os assuntos de Kaeya ficou curioso para saber o que tinha no restante do papel, e seu cérebro o barrou quando pensou em perguntar diretamente.

A curiosidade bateu mais forte e Diluc foi procurar Kaeya, que provavelmente estaria bebendo em seu bar.

Taverna: Presente dos anjos

E lá estava Kaeya bebendo e conversando com Rosaria, enquanto o bardo Venti cantava várias músicas desafinada e embriagado.

Simplesmente o caos diário do bar.

- Podemos conversar por um momento? Se não for te atrapalhar.

- Diluc! Venha, se junte a nós para um drink

O cheiro de álcool era forte, não imaginava o quanto ele tinha bebido, talvez tivesse sido uma péssima ideia ir lá nesse momento.

- Urgh, você fede a álcool, está muito bêbado pra conversar. Não é um assunto urgente, vou deixar pra outro dia, até mais.

- Ei, não vai eu não estou tão bêbado assim, podemos conversar, vamo lá pra cima

Enquanto Kaeya soluçava saiu tropeçando no ar e pedindo pra Rosoria pedir mais bebidas que ela já voltava pra próxima rodada.

Chegando na parte de cima ambos adentraram o escritório que tinha lá.
Diluc se manteve em pé e Kaeya se jogou no sofá.

- Pode começar a falar, sou todo ouvidos.

Diluc tira a carta que encontrou na sua casa e assim que o Kaeya vê ele arregala os olhos e se levanta.

- Onde você encontrou isso?

- No meio das papeladas que tinha na minha casa, eu comecei a ler, e agora estou aqui.

Diluc começou a falar de forma tranquila, e percebeu a tensão nos ombros largos da figura na sua frente.

- Você tem alguma coisa pra me falar?

- Eu... Pensei que ja tinha dito tudo na carta, deixei bastante explícito.

Diluc não fazia a menor ideia do que ele estava falando, mas não comentou que metade da carta estava faltando, queria saber a continuação, e se perguntasse diretamente pra Kaeya ele não falaria.

- Na verdade não ficou explícito pra mim, quero que você fale diretamente.

Kaeya a essa altura já tinha ficado sóbrio e estava suando e se perguntando como ele não tinha achado aquilo explícito.

A distância entre nós - (KaeLuc)Onde histórias criam vida. Descubra agora