Adega do alvorecer
Diluc organizava papeladas antigas de trabalho e cartas que foram enviadas a seu pai.
No meio da pilha de papéis um envelope de cor amarelada e selo vermelho. Não tinha destinatário e muito menos nome, o que chamou a atenção do mesmo.
Após abrir a carta ele reparou que é uma escrita familiar e começou a ler.
" Enquanto eu passeava pela terra das altas lamentações, encontrei uma flor flamejante e meu primeiro pensamento foi em Diluc, aquele cabelo ruivo combinava com sua aura durona. Várias coisas me fazem pensar nele, mesmo que inconsciente ele invade minhas memórias me causando arrepios.."
A carta estava incompleta, e Diluc percebeu que um pedaço dela havia sido rasgada, sinal de que o envelope já teria sido aberto e selado novamente.
A escrita familiar não era atoa, ele vasculhou outros envelopes e viu o nome de Kaeya em um deles, e logo associou as letras idênticas.
Se não fosse Kaeya que tivesse escrito a carta ele pensaria que fosse uma declaração de amor incompleta, mas logo descartou a ideia.
Mesmo que Diluc não ligue para os assuntos de Kaeya ficou curioso para saber o que tinha no restante do papel, e seu cérebro o barrou quando pensou em perguntar diretamente.
A curiosidade bateu mais forte e Diluc foi procurar Kaeya, que provavelmente estaria bebendo em seu bar.
Taverna: Presente dos anjos
E lá estava Kaeya bebendo e conversando com Rosaria, enquanto o bardo Venti cantava várias músicas desafinada e embriagado.
Simplesmente o caos diário do bar.
- Podemos conversar por um momento? Se não for te atrapalhar.
- Diluc! Venha, se junte a nós para um drink
O cheiro de álcool era forte, não imaginava o quanto ele tinha bebido, talvez tivesse sido uma péssima ideia ir lá nesse momento.
- Urgh, você fede a álcool, está muito bêbado pra conversar. Não é um assunto urgente, vou deixar pra outro dia, até mais.
- Ei, não vai eu não estou tão bêbado assim, podemos conversar, vamo lá pra cima
Enquanto Kaeya soluçava saiu tropeçando no ar e pedindo pra Rosoria pedir mais bebidas que ela já voltava pra próxima rodada.
Chegando na parte de cima ambos adentraram o escritório que tinha lá.
Diluc se manteve em pé e Kaeya se jogou no sofá.- Pode começar a falar, sou todo ouvidos.
Diluc tira a carta que encontrou na sua casa e assim que o Kaeya vê ele arregala os olhos e se levanta.
- Onde você encontrou isso?
- No meio das papeladas que tinha na minha casa, eu comecei a ler, e agora estou aqui.
Diluc começou a falar de forma tranquila, e percebeu a tensão nos ombros largos da figura na sua frente.
- Você tem alguma coisa pra me falar?
- Eu... Pensei que ja tinha dito tudo na carta, deixei bastante explícito.
Diluc não fazia a menor ideia do que ele estava falando, mas não comentou que metade da carta estava faltando, queria saber a continuação, e se perguntasse diretamente pra Kaeya ele não falaria.
- Na verdade não ficou explícito pra mim, quero que você fale diretamente.
Kaeya a essa altura já tinha ficado sóbrio e estava suando e se perguntando como ele não tinha achado aquilo explícito.
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A distância entre nós - (KaeLuc)
FanfictionA infância de kaeya sempre foi conturbada, ter crescido junto de Diluc deu á ele a esperança de uma vida feliz, mas desde criança ele sabia sobre seus sentimentos, ele nunca viu Diluc como seu irmão, e Diluc descobre isso de forma inusitada, descobr...