ROPE

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🪢

O decoro da pele, a textura, queimando sobre os dedos as sensações de euforia. Metamorfose do desejo em arrepios, cada suspiro egrégio, seu timbre rouco sussurrado. É como o céu no inferno, calmo e ainda quente.

Diziam que o inferno era quente e que lúcifer era maldoso, mas as pessoas que proclamavam tamanha blasfêmia eram as mesmas que atribuíam ao diabo a culpa de seus erros. A luxúria de Lillith não chegava a alcançar as migalhas do quanto ele desfazia os infiéis com um só olhar. E se o fogo abrasador do submundo fosse feral, a incandescente libido que Jeon despertava era capaz de transformar qualquer cristão no mais puro pecador.

Tormentas entre as pernas, pruri as coxas, haure o fogo das carquilhas. Ele era assim, um só olhar e estaria de joelhos ao chão, e se de sua vontade fosse, lambê-lo-ia com brio.

Jeon observou-o de cima, lugar de toda a sua superioridade, o outro parecia um garotinho devido ao olhar pueril, contudo, o seu tamanho dizia o contrário, porque Namjoon exorbitava grandeza. E nu, atado às mãos, arrefecia pela ausência dos toques de Jeon.

- Diga-me... - Proferiu Jeon de pé, diante do mais velho. Seus sapatos reluziram com o mínimo de luz à medida que foram expostos - Diga-me que quando toco seu corpo você não gosta.

Era uma provocação, ironia sem espessura. Tudo isso porque Namjoon o provocara dizendo que não era afetado por Jeon. E Jeon sabia que isso era uma mentira grande, feia e inaceitável. Portanto, providências deveriam ser tomadas.

Jeon segurou o queixo de Namjoon, não houve delicadeza ou preocupação, apenas um questionamento descortês. Seus olhos o queimavam conforme analisava o rosto másculo, louco para beijá-lo, batê-lo, comê-lo. Queria arrancar de Namjoon os mais belos e altos gemidos de prazer, dor, euforia.

- Diga-me que quando estou dentro de você, fundindo-se a ti enquanto meto, você detesta. - Namjoon vibrou, os olhos fizeram um tremendo esforço para não se fecharem e ele acabar caindo nos braços da imaginação. Não poderia dizer o mesmo de seu pau, que estimulado pelas palavras pulsou precisando de atenção.

- Eu... eu detesto - ousou, Namjoon, dizer.

- Mentiroso - ronronou Jeon sorrindo grande, e no segundo seguinte sua palma colidiu no rosto do outro em um estalo alto. Foi rápido e quente - Com quem andas aprendendo essas injúrias?

Jeon passeou seus dedos pelos cabelos de Namjoon, puxou-os com força obrigando o outro a olhar para si. Havia tanta devoção naquele olhar bêbado de tesão que se Jeon pedisse para Namjoon servi-lhe de tapete ele faria.

Em sua boca acumulou saliva e simplesmente cuspiu-lhe à face. E como se não bastasse a humilhação, usou a palma para espalhar o esputo.

- É assim que mentirosos são tratados.

Jeon não poupou esforços para erguer Namjoon, deixou que o corpo grande de seu garoto caísse sobre o colchão e subiu sobre ele de maneira rápida e rude. Embora continuasse com o mesmo semblante sensual, seus atos eram bruscos e indelicados, mas Namjoon não se importou, na verdade, almejava às marcas. Açodado Jeon abriu o botão de sua calça social e desceu o zíper, não havia percurso de preliminares, apenas sua vontade latejante.

- Abra a boca - ordenou, tão logo Namjoon obedeceu, parecia até agradecer o tratamento.

Jeon segurou o seu pau com destreza, movimentou sua mão para cima e para baixo de forma precisa e rápida e quando percebeu o olhar de Namjoon sobre si, tão perdido, ele se enfiou em sua boca com urgência. O primeiro impulso fê-lo se engasgar.

- Hm, eu amo quando você se engasga assim - Jeon gemeu, mas não pausou mesmo com aquilo. Na verdade, ele segurou Namjoon pelos cabelos e meteu fundo, observando com fascínio os lábios do outro circundando seu falo.

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