Capítulo 100.

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PH.

Arrumei minhas paradas numa mochila porque hoje eu ia dormir com a minha mulher e aproveitar mais os meus filhos. O dia de partir pra guerra estava se aproximando e o certo era aproveitar o tempo do lado da família porquê o destino era muito incerto.

Borrifei o perfume, joguei o frasco dentro da mochila, botei a mesma nas costas, peguei a chave do carro em cima do criado mudo, coloquei as pistolas por baixo da camisa e desci.

Falcão tava buzinando pra caralho do lado de fora, parece que não sabe esperar, nunca vi. Tranquei a casa toda e entrei no banco do carona do lado dele.

PH: Tá vendendo a buzina, filho? - bati a porta com força de propósito e ele me olhou feio.

Falcão: Parece que tá indo casar, porra! Demora do caralho, marquei contigo na hora e tu me atrasa meia hora, qual foi? - deu partida - E esse aí nem é o meu xodó. - se referiu ao carro.

PH: Aí o problema é seu. - dei risada e joguei a mochila no banco de trás - Toca direto pro Fabinho.

Falcão: Cadê Corolla e Imperador, não vão não?

PH: Já foram já, foram na frente pra saber se ia ter blitz por lá. - disse descendo o morro parecendo que tava fugindo da polícia.

Falcão: Tô com dois bico amalocado no porta mala só pra garantir, qualquer evento nós mete bala.

PH: Sem neurose. - desbloqueei o celular e mandei uma mensagem pra Gabriela que eu tô chegando.

Falcão: Aí, tu acha que nós sai vivo desse bagulho aí? - olhei escaldado pra ele e ele me olhou rapidamente.

PH: Se nada der errado sai, isso se a gente não sair preso. - dei risada.

Falcão: Me recuso. - negou com a cabeça e ligou o som, botou num pagode pra desestressar.

Gabriela veio no pensamento na mesma hora.

E sabe aquele beijo? Eu não troco por nada, é forte essa parada, eu e você na madrugada...

Trajeto foi bem tranquilo apesar do trânsito, chegamos no condomínio do Fabinho e depois de nos identificarmos como irmãos dele o segurança ainda foi confirmar com o próprio que liberou a nossa entrada.

Quando a gente chegou, tava aquela bagunça generalizada do povo pela sala, várias caixa de pizza e coca espalhado pela sala. Gabriela quando me viu de braços abertos soltou o copo na mesa de centro e veio correndo na minha direção, pulou no meu colo e eu a segurei.

Gabriela: Que saudade, meu amor. - falou no meu ouvido e me encheu de beijo.

Luara: Eita que alguém vai quebrar o resguardo hoje. - falou alto e geral riu.

PH: Também tô cheio de saudade da minha mulher. - falei baixinho pra ela e nós demos um selinho demorado e a coloquei no chão.

Patrícia: Cadê meu marido? - veio da cozinha.

PH: Tá ali no carro pegando a bagunça dele. - saí da frente da porta e deixei a Patrícia passar.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora