In These Silent Days | Dramione

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Hermione odeia a máxima "a ausência torna o coração mais afetuoso".

Principalmente porque o carinho parece se manifestar das formas mais irritantes. Ela acorda sozinha e isso faz sua pele coçar. Enquanto ela se concentra no trabalho, suas unhas estão roídas até o início da tarde. Ela sente isso em todos os lugares do seu cabelo, como se de alguma forma ele tivesse ficado mais pesado de saudade.

Patético.

Ela deveria entrar em contato com Draco? Ele, é claro, deixou instruções para chamar por flu em caso de emergência. Mas o que ela diria? "Oh, olá, desculpe interromper sua viagem, só pensei em contar a você sobre a devastação emocional que você deixou em seu rastro e tudo isso é completamente minha culpa, de qualquer maneira, porque fui eu quem disse que nos beneficiaríamos com um tempo separados e Eu sei que a única razão pela qual você não falou comigo é porque você é quem está agindo com maturidade aqui e respeitando meus desejos declarados. A propósito, eu estava errada sobre isso. Eu estava errada, agora você pode voltar para casa e ficar orgulhoso disso na minha cara?"

Não. A súbita carência dela não deveria usurpar as responsabilidades profissionais dele. Além disso, ela pode durar mais alguns dias. Provavelmente.

A edição de fim de semana do Profeta Diário testa sua decisão de não ligar para Draco. Hermione não pode ter certeza se isso é de alguma forma obra de Lucius, do Ministro, de ex-líderes amargos do Ministério, ou talvez até mesmo de uma combinação profana dos três.

"Ataques de lobisomem em ascensão."

O momento não pode ser coincidência. Sua medida Wolfsbane terá sua sessão no Tribunal em breve, e já foi listada nos anúncios públicos para a próxima proposta de legislação.

Os olhos de Hermione se estreitam enquanto ela lê o papel. Em meio à linguagem desumanizante típica do artigo e à retórica assustadora, ela encontra algo muito mais alarmante.

"Um representante do Departamento de Execução das Leis da Magia (DMLE) confirmou o aumento de 'incidentes relacionados a lobisomens'.

'Está ficando fora de controle', diz um oficial do DMLE que deseja permanecer anônimo, 'nossos Aurores têm sido maltratados tentando capturar lobisomens com a intenção de mutilar e morder as vítimas.'"

— Isso está incorreto — ela diz em voz alta, absorta demais para lembrar que está sozinha. Na verdade, os ataques de lobisomens relatados diminuíram drasticamente nos últimos anos, graças em parte às suas medidas anti-discriminação. Ela saberia, é uma das muitas estatísticas incluídas em sua pesquisa na comunidade. Furiosa, Hermione dá uma olhada nas mentiras e exageros impressos até encontrar a citação irritante que ela sabia que viria:

"'Neste momento, pedimos a todos que permaneçam vigilantes', disse o Ministro Lance. 'Não podemos permitir que seres perigosos circulem sem controlo na sua violência. Cuidarei pessoalmente para que nosso Departamento para Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas formule um plano de ação para resolver esta questão de segurança pública.'"

Hermione joga o papel de lado e pensa na melhor forma de controlar sua raiva fervente.

Chamar Draco e interromper sua viagem com seu drama de trabalho?

Ir até a casa de Harry e andar furiosamente por sua casa enquanto protesta contra a invenção de seu departamento?

Verificar duas ou três vezes os pontos de discussão que ela planejou para o Wizengamot?

Escrever para Miriam e pedir desculpas preventivamente por ter falhado com ela, seu filho e todas as famílias com uma criança mordida?

Ela não fará nada disso. Ela não precisa de um confronto com seu marido forçado nessas circunstâncias, nem de uma sessão fútil de desabafo com Harry, e ela certamente não precisa questionar todos os seus meses de trabalho duro por causa de um artigo.