Capítulo 33

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Lavínia Brandão

Após horas cansativas, consegui boiar e até começar a nadar, mas ainda sim lá era fundo e eu tinha medo.

Nadei cachorrinho até o Abner que apenas ria de mim, abracei o pescoço dele e enrolei minhas pernas ao redor da cintura dele, me levou até a lancha, me ajudou a subir e subiu em seguida.

Cat estava conversando com a Lisa enquanto tomavam sol, Nádia estava comendo churrasco próxima aos meninos que estavam em algum assunto muito engraçado porque não paravam de rir.

Deitei com as meninas e ele foi pra onde os meninos estavam, peguei um pedaço de carne que estava próximo as meninas e comi.

- tão lindinho esse casal 20.- Lisa disse virando de frente, eu continuei de bunda pra cima.

- e sabia desse lado do Abner. - disse

- ah amiga, conheço ele há mais de 7 anos e nem eu conhecia.- sorri pra ela

- a idade né...- falei tentando não ser emocionada.

- idade ? Meu amor, tá mais fácil ser por você mesmo.- ela riu.

- não me ilude.- brinquei.- Que não quero esse negócio de me apaixonar ainda, tenho muito pra viver aqui.

- se ele pedisse pra vocês namorarem ? - tive  que gargalhar um pouco mais alto

- amiga, O Abner me pedir em namoro ? - perguntei ainda rindo.

- Sim.- ela disse seria e a cat apenas observava tudo. Olhei pra ele que conversa entretido com o irmão que assava as carnes.

- ele não pensa nisso.- disse ficando séria.- gente, olhem o porte daquele homem.. não costumo ser insegura. Mas primeiro que, além das nossas vidas serem opostas.. se meu pai sonhar. - fui falando apressada.- fora que o padrão de mulher do Abner não condiz comigo..- a Lisa arqueou a sobrancelha.

- Lavínia, eu nunca vi meu cunhado tão apegado a alguém.- me cortou.- e você é sensacional de linda de corpo e como pessoa.

- eu sei..- disse rindo.- mas cara, nossa vida é muito diferente. Meu pai me mataria.- disse nervosa.- depois não sossegaria até mandar prender o Abner, ele volta até a trabalhar na área criminalista.

- Calma, é só uma hipótese.- Cat disse.- não sabia que você tava tão negativa assim, vocês parecem se dar tão bem.

- sensatez. - falei levantando, notei que o Abner estava sentado mexendo no celular na beira da lancha onde tinha uns colchões e corri até ele pulando no seu colo.

Ele continuou mexendo no celular enquanto eu me ajeitava no colo dele, puxei um coberto que tinha ali e fiquei vendo ele mexer no celular mandando umas mensagens em espanhol, optei por não ler.

- onde você aprendeu a falar espanhol? - perguntei.

- quando era mais novo meu pai me colocava muito pra viajar a negócios, consequentemente  tive que fazer curso.- disse ainda olhando pro celular, ele travou o celular e me olhou.- que foi? Achou que eu não tinha terminado nem o ensino médio ? - ele me olhou

- não senhor... você não tem cara disso.

- tenho cara de que ? - tem cara de quem vai fuder minha vida...

- de moço de negócios.- disse sorrindo

- sou limpo, pô! Preservo minha liberdade. - ele me abraçou de lado- qualquer coisa meu sogro me libera.- ele piscou pra mim com cara de cachorro e eu gargalhei.

- Seu sogro não é mais criminalista.- ele negou com a cabeça desviando o olhar.

- então minha morena me salva ?

- ah, claro! Tô estudando pra ir pra porta de cadeia mesmo cuidar dos meus preso. - fui irônica.

- vai me ver não ? - perguntou sério

- para de falar isso, você é esperto e tenho certeza que não é tão fácil assim pegar você.

- tenho ótimos advogados.- ele me abraçou.

- você vai me contratar ? - perguntei brincando.

- você vai ser minha advogada particular não ?

- de graça ? Dispenso.- virei o rosto e ele beijou minha bochecha me pegando mais pra ele.

- quer que eu comece a te pagar de agora ? Qual teu preço ?

- humm.- fiz cara de pensativa.- quero 500 mil. Por quinzena.- brinquei.

- quando chegar no carro te dou.- olhei assustada.

- você anda com esse dinheiro ? - foi a vez dele rir

- nunca a sabe quando vai ser necessário subornar alguém.- fiquei perplexa.

- você não tem medo de ser roubado? - foi a vez dele gargalhar.

- Lavi, só você mesmo viu.- ele disse ainda rindo negando com a cabeça.

- eu hein..- ficamos calado um pouco olhando pro céu alaranjado do fim da tarde.

- Lavi..- ele disse e eu o encarei.- você confia em mim? - pensei um pouco e concordei.

- confio.- disse.

- então eu preciso te dizer..- foi interrompido pelo LL

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