Caught in a poorly made tangle; - KageHina

Capítulo 𝐄𝐱𝐭𝐫𝐚 - 🔞

A night of
    much whoring

  Após alcançar o ápice do prazer, olhou perplexo para a própria mão, que continha uma considerável quantidade de esperma que prontamente começou a escorrer e cair no chão. Inclinou a sua cabeça para trás, recuperando o fôlego. O seu corpo encontrava-se submetido a uma elevada temperatura corporal, fazendo com que os cabelos escuros aderissem à sua testa. A camiseta que vestia, antes limpa e impecável, agora estava manchada e encharcada, aderindo ao seu corpo suado. Era como se estivesse se esforçando tanto que o suor transbordava e molhava cada centímetro do tecido, tornando-a um lembrete visível do intenso trabalho físico que estava realizando.
  Abriu os olhos lentamente, fitando o teto alvo do banheiro, esforçando-se para recuperar a compostura que havia perdido após se deixar levar por um ato tão sedutor, envolvendo sua mente com pensamentos lascivos.
  Após esse momento de fraqueza, agora buscava desesperadamente restaurar a lucidez e afastar as imaginações perturbadoras que o haviam dominado. Sentia um misto de vergonha e desconcerto, pois cada pensamento, cada fantasia, parecia ser um caminho desconhecido e repleto de inquietação.
  Seu coração batia acelerado, consciente da fragilidade do autocontrole que tinha deixado escapar. A mente estava turbulenta, tentando retomar o equilíbrio e reprimir a lembrança tentadora e, ao mesmo tempo, inquietante, que havia invadido sua consciência.
  — Shouyo... — Murmurou o nome do namorado de maneira suave e embriagada. Estava em um completo estado de êxtase.
  Diversas perguntas ecoavam em sua mente, envolta em uma aura de incerteza e curiosidade. Seria apropriado satisfazer seus desejos sexuais enquanto pensava em Shouyo? O prazer solitário que experimentava poderia ser considerado uma traição de seus sentimentos ou apenas uma expressão natural de sua paixão?
  Em meio a um mar de pensamentos conflitantes, procurava-se compreender seus próprios desejos e a forma mais adequada de lidar com eles. Afinal, a linha tênue entre a luxúria e o amor verdadeiro parecia ficar mais borrada a cada suspiro ofegante que escapava de seus lábios.
  Cada vez que isso ocorria, Kageyama evitava olhar diretamente para o rosto do seu namorado, com suas pintinhas peculiares, pois sempre se lembrava dos pensamentos impuros que passaram por sua mente e da forma como tentou liberar essa tensão.
  Sua consciência pesava toda vez que olhava para ele, pois aquelas imaginações descontroladas a assombravam, tornando difícil encarar a pessoa que tanto amava. Os traços sardentos de seu rosto, antes tão adoráveis, agora se tornavam um lembrete incômodo do seu próprio conflito interno.
  — Está tudo bem, Kageyama? — Indagou o ruivo, com um misto de confusão e apreensão, observando o namorado que raramente direcionava o olhar para seu rosto.
  A voz do parceiro soou calma e preocupada ao mesmo tempo, enquanto seus olhos percorriam o rosto de Kageyama em busca de pistas para entender o que se passava em sua mente.
  O cenho franzido e o olhar concentrado denotavam a busca por respostas, porém, em seu coração, ele temia as possíveis razões para o comportamento do namorado. Imaginava se algo estava incomodando Kageyama, se havia algum segredo que estava guardando ou se a distância visual era apenas um reflexo de seu temperamento introvertido.
  — Não é nada. — Disfarçou com um sorriso tímido. — É apenas que, ainda me sinto estranho sem ter meu pai em casa, entende? — Inventou uma justificativa. Afinal, seria embaraçoso revelar o verdadeiro motivo. — Mesmo que aquele velho tenha sido muitas vezes um homem terrível. Eu gostaria... — Pensou por um instante. — Sabe, talvez honrá-lo de alguma forma?
  A desculpa improvisada pareceu surtir efeito por enquanto. Hinata não demonstrou dúvida em relação à sua resposta. Dedicou-se com afinco a aconselhar e proporcionar todo o amparo necessário. Compreendia grande parte daquele sentimento, uma vez que já passara por uma situação semelhante em sua própria vida, quando seu pai esteve presente até certo momento.
  O objetivo era fazer com que ele se sentisse compreendido e apoiado, sabendo que não estava sozinho em suas lutas internas e que sempre haveria alguém disposto a estender a mão para auxiliá-lo em sua jornada de lidar com a ausência do pai.
  — Isso é uma das qualidades que mais admiro em você, Hinata. — Exibiu um sorriso afetuoso, enquanto seus olhos irradiavam uma luz resplandecente. — Agradeço muito.
  De certa maneira, não tinha sido desonesto. Verdadeiramente sentia falta da presença do pai e realmente queria honrá-lo em algo, mas não queria o mesmo de volta. Não gostava dele, odiava sua pessoa, porém, seu pai sempre esteve em sua vida. É estranho vê-lo fora tão de repente, apesar de que desde muito tempo atrás ansiava que ele sumisse. Mas sabia que essa sensação com o passar do tempo, desapareceria.
  Ao ouvir a confissão inesperada de Tobio, seu coração acelerou como se estivesse prestes a saltar do peito. Foi uma mistura de surpresa, alegria e emoção que tomou conta de seu ser. Céus, como amava aquele homem.
  Desde o instante em que o avistou, nunca perdeu aquela chispa, aquela sensação de que a todo momento seu coração poderia explodir. Essa chispa que os unia era o motor que impulsionava seus corações, levando-os a vivenciar cada momento com intensidade, como se a vida tivesse ganhado um novo significado desde o momento em que se encontraram.