Como uma bossa nova clichê

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Olá, estrelinhas! Como estamos?

Essa não minha primeira obra mas confesso que sou uma pessoa muito insegura então desde já me perdoem os errinhos e sejam gentis comigokkkk.

É uma história curtinha, um surto de madrugadas em claro kkkkk Espero que gostem, comentem bastante, o feedback me ajuda a saber a opinião de vocês logo me ajuda a melhorar e entregar obras cada vez melhores :)

Boa leitura!

📻🎙️🎺

São Paulo - 1975

Jungkook abraçou o sobretudo caramelo, grande no corpo, sobre o terno alinhado que custava caro demais na sua opinião. O chapéu cor grafite assim como o terno cobria um pouco o rosto, que olhou para os lados, um pouco aflito, afinal, fazia algo errado.

O advogado mais bem visto da cidade, noivo de uma garota arrogante demais na sua opinião, jamais poderia ser visto escapando de casa pela madrugada, andando pelas ruas de pedra mal iluminadas com o Ford Maverick preto, indo em direção a casa de outro homem.

Mas não um homem qualquer... Aquele homem. Kim Taehyung, o artistas boêmio mais conhecido por ali. Boatos diziam sobre o Kim ter dinheiro por se prostituir, alguns comentavam sobre seus casos com homens, outros até falavam sobre seus falecidos pais que sempre o criaram com "liberdade demais".

No fim, todos invejavam a aura livre do músico, com os ternos bonitos, chapéus sedutores, sorrisos ladinos e a voz tão aveludada que conquistava qualquer um que a ouvisse. Viajava todo o país mostrando seu talento, era uma jóia rara do mpb e bossa nova.

Foi em um dos bares sofisticados que Jungkook o viu pela primeira vez. Acompanhado de um piano, a voz bela entoava a canção "Só Tinha de Ser Com Você" de Elis Regina, tomando o Jeon como um canto de sereia.

Durante cada segundo ali, apreciando um uísque caro, seus grandes olhos escuros não desviaram da bela imagem do moreno sobre o pequeno palco, o encarando e sorrindo de canto, mal se preocupando se aquilo seria demais para o pobre coração do advogado.

Ao fim da noite, um pequeno papel foi entregue a Jungkook com um número de telefone fixo, e quando seus olhos se encontraram com os olhos felinos do mais velho, não houve hesitação.

Terminaram a noite acobertados de luxúria, entoando o mais belo canto de um pecado que, sem que percebessem, se tornaria amor, com velas e o cheiro do ato insignificante que viraria sua forma mais pura de sentimento, colocando a culpa no uísque forte e no tesão inexplicável.

Depois da primeira vez, outras se seguiram. Jantares, conversas de travesseiro, juras de amor, beijos, carícia, toques, amor... em 6 meses o que faziam não era mais sexo, era amor em sua essência mais pura.

As despedidas eram regadas por lágrimas que doíam nos corações apertados, e os encontros... Ah os encontros!

Esses eram regados de sorrisos, beijos apaixonados, amor, tanto amor que preenchia cada cantinho da casa sofisticada de Taehyung, a casa que já tinha tanto de Jungkook. A casa que já tinha sua toalha e roupas, sua escova de dentes, o suco de laranja que o Kim detestava, banana mas sempre prata, o Jeon detestava qualquer outra! O perfume impregnado em cada cantinho, até mesmo documentos de seu trabalho acabavam sendo esquecidos por lá.

Jungkook já era parte da vida de Taehyung, o artista que sempre jurou cantar sobre amor e nunca se entregar a ele, cantava de todo o coração, porque transbordava amor, era amor da cabeça aos pés.

O carro parou em frente ao portão alto, destrancando o cadeado, olhando em volta antes de entrar com o carro, estacionou na porta da casa, com as luzes de fora ja apagadas a essa hora, mas da janela, via a luz fraca de algumas vela na sala de estar.

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⏰ Última atualização: Dec 27, 2023 ⏰

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