Amor Sublime

Capítulo 4:Dúvidas e Questionamentos

Seu convite me surpreenderá, tínhamos nos conhecido no mesmo dia e logo no fim do dia ele me chamou para sair, algo só podia estar fora do lugar, foi quando a luz se acendeu, o velho veio me ver 

—Menino são 2 da manhã, porque você ta acordado?

—Foi mal vô, eu só não to conseguido dormir

—Pesadelos de novo Jin?

—Sim....esses demônios me perseguem 

Ele me sentou no sofá, suas mãos por mais firmes que fossem eram um tanto amorosas ao tocar em meu ombro

—Vou preparar um chá para você e a gente conversa sobre isso

—Ah conversar, mais do que eu já conversei, seria melhor morrer

—Eu ainda lembro daqueles dias, eu perdi minha infância

—Isso não vai sair da minha cabeça tão cedo

 Foi quando eu vi seus dedos agarrarem um jornal, as folhas se retorcerem e como se fosse um pequeno bastão acertar minha cabeça 

—Ao isso doeu 

—Isso e pela sua ideia de doido querer se matar—Vejo e seguida  o mesmo tirar uma pequena barra de chocolate e me entregou me olhando de forma fofa

—Isso e por ser meu neto, agora come, cala boca e fica aqui enquanto eu faço teu chá

Por esse tanto de insistência eu só podia aceitar se não eu iria apanhar sem dó nem piedade, mas tudo que eu desejava era paz e sossego 

O cheiro de chá começa a tomar a casa, mesmo que eu não fosse do tipo de conversar eu precisaria fazer isso 

—Então meu neto, fala como foi seu sonho?

—O papai, ele apareceu, ele estava me sufocando, me batendo, falando todas aquelas asneiras 

—Seu pai era um sujeito complicado, você sabe disso

—Tá eu sei, mas porque ele ficou daquele jeito quando a mamãe morreu

—Stress,  Depressão, o fato de ter que te criar sozinho, tudo isso fez ele virar aquele homem

—Até porque eu lembrava ela de alguma maneira

—Você de fato e a igual da tua mãe, mas isso não era motivo para ele agir assim

—Eu ainda lembro da forma que encontrei ela no quarto, os choros dele pedindo para ela não deixar ele, abrir a porta do quarto foi a entrada para o inferno

—Olha, sei que foi difícil, mas acho que você mesmo não esqueceu

—Você precisa deixar isso de lado e seguir em frente meu raiozinho de sol 

Eu encarei meu avô com uma face de choro e surpresa, fazia anos que eu não escutava isso a tanto tempo

—Faz...Faz tempo que eu não escuto isso...ela costumava me chamar assim

—Mas como eu posso esquecer...como eu posso deixar isso de lado, todo esse sangue que ta nas minhas mãos

—Olha você não fez só coisas ruins sabia, sua mãe te chamava de raio de sol por um motivo, você era a alegria dela e o que você fez foi justificado, ele queria te bater só por você gostar de um menino

—Me bater e eufemismo, aquilo estava mais para tentativa de assassinato 

—é eu sei disso, mas por agora pensa em outras coisas, pensa no colégio, seu amigos, aquele rapaz que te ligou, pensa nisso