MSxMG

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Era só mais um dia normal. Catarina havia falado com ele na entrada do estacionamento, depois viu o resto do pessoal do sudeste entrar no prédio. Rio e Sampa estavam brigando como sempre, mas ao passar pela sala do paulista, viu os dois se beijando cheios de chamego

O patrão estava fora, óbvio. Havia tanto pra fazer que Brasil parecia só uma lenda urbana dentro da empresa. Mas todos continuavam a fazer seu trabalho e manter tudo funcionando. Ele estava na sala dele, resolvendo a última parte de uma papelada antes de descer para o estoque. Duas batidas na porta fizeram ele sair do transe trabalhista

- Podi intra - ele falou meio automático, escrevendo algumas coisas na folha e a grampeando nas outras. A porta se abriu

- Minas? - ele levantou o olhar surpreso ao ouvir a voz baixa e grossa, meio sem emoção

- Paraná, que cê tá fazendo aqui? - o menor entrou na sala e deixou um papel em cima da mesa

- O pessoal do financeiro pediu pra você levar isso pro setor do andar B - ele abriu um meio sorriso e saiu da sala sem dizer mais nada

- Tá... - ele analisou o papel, mais burocracia que não era da alçada dele. Não ia perder a cabeça lendo aquilo - Nó, mas é coisa dimais pra levar - ele juntou os papéis dentro da pasta se arrependendo de ter aceitado ficar com essa parte do trabalho, mas não podia evitar, gostava de ajudar os amigos

Andando pelos corredores, ele continuou ouvindo as pessoas falarem, os funcionários trabalhando, telefonemas, passos, teclas de notebook. Ele parou de frente para o elevador e apertou o botão para descer. A porta se abriu e ele entrou, colocando o chapéu na cabeça

- Peralá! - uma mão parou a porta no meio do caminho. Ele viu o moreno assim que as portas se abriram de novo - Ah, é ocê que tá aqui

- Tem algo di errado com ser eu? - o mineiro perguntou, talvez isso tenho o ofendido

- Não piquin, nada di errado não - ele imitou o sotaque do outro que sorriu com a tentativa

- Sabe, MS, eu não sou menor que você não - o de cabelos compridos entrou no elevador e apertou o botão, os dois iam para os andares do térreo 

- Sonha, mineiro - ele ajeitou a postura, Minas não sabia dizer se era por causa da atenção que estava dando ao corpo do outro, mas os músculos dele pareceram incrivelmente maiores agora

- Sonha ocê - ele se esticou também, brincando com o outro e antes que eles começassem a parecer dois idiotas disputando com peito de pombo, a porta do elevador se abriu

- Chefe? - Brasil olhou confuso para os dois no elevador

- Oi pessoal, como tão as coisas? - ele entrou e apertou outro andar, parecia apressado

- Chefe ocê tá bem? - Minas perguntou olhando o homem no meio dele e do Mato Grosso do Sul

- To sim, Minas. Por que? - ele deu um meio sorriso mas ainda parecia cansado e com pressa

- É que essa gravata num é do senhor... - todos os olhos se voltaram para a gravata solta no pescoço do moreno. Estampada com o símbolo da bandeira Argentina

- Filho de um puta desgraçado - ele puxou a gravata pra fora do pescoço e a enrolou na mão - Querem um conselho? Não deixem seu namorado mexer nas suas coisas, ainda mais no trabalho! - as portas se abriram e ele saiu, batendo o pé

- Acho que deu ruim pro loirinho lá - Mato Grosso do Sul comentou

- Que nada! Esse aí é mais derretido que requeijão dentro do pão de queijo. Vai perdoar rapidin

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