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                Bianca Milani👩🏼‍💼

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                Bianca Milani👩🏼‍💼

Minhas cordas vocais estremeciam diante de tamanho esforço que fazia com a voz,meu coração batia de acordo com a torcida no estádio,o embrulho no estômago e as mãos trêmulas entregavam o quanto eu estava nervosa e apreensiva.

Eu sou torcedora rubro-negra,"desde que me entendo por gente".Sempre fui apaixonada por futebol e esse amor se intensificou assim que Gabriel começou a praticar o esporte,me lembro de ir a Villa Belmiro com a camisa do Flamengo,porque sentia que traia severamente meu clube,se pisasse em um estádio brasileiro que não fosse o Maracanã.Essa era minha marca registrado em Santos,assistia a treinos e jogos do clube,mas sempre vestida em vermelho e preto.

Para mim,ver Gabriel sendo destaque no meu clube do coração,era extremamente emocionante,já que ele sempre jogou em times que eu não torcia,fosse em solos brasileiros ou em sua fatídica passagem pela Europa.

Jogo de volta da Copa do Brasil contra o Corinthians,em São Paulo,o resultado não favoreceu ninguém e eu,que estava em casa,fiquei a beira de um ataque cardíaco.Agora estávamos nos acréscimos do jogo de volta,aqui no Rio,Pedro nos deu vantagem com apenas seis minutos,mas ao trinta e seis Giuliano deixou tudo igual no placar.Segundo tempo com alguns sustos,mas sem nenhuma mudança.

Os olhares a minha volta era de total apreensão,escutavam-se gritos trêmulos da torcida,mas o apoio não faltava.

Sentei no banco,apoiando meus braços nos joelhos e debruçando minha cabeça sob,respirei fundo ao escutar o apito do árbitro,apontando o final do tempo normal do jogo.

E lá vamos nós as cobranças de pênaltis,passei a mão no rosto,que começava a formigar.

—Ê Mariazinha,seu pai não tem mais coração para isso.—Meu pai sentou ao meu lado,com o rosto avermelhado.

—Eu pouparia 95% da minha sanidade mental,se ligasse menos para futebol.—Minha irmã agarrou os cabelos,escorregando de costas nas proteções do camarote.—Tudo culpa do perna torta.

—Ô filhinha,fecha a boquinha para o tio.—Tio Valdemir passou o braço pelos ombros de Beatriz,tapando sua boca.

—Saudades de quando eu só gostava de futebol porque pagava minhas bolsas caras.—Dhiovanna bateu o pé no chão.—Eu era tão ingênua.—Fingiu cara de choro.

Enquanto não parávamos de tagarelar,tia Lindalva e minha mãe já deviam estar finalizando o terço pela qual rezavam,as duas estavam vidradas no campo,onde Dorival Jr. passava as instruções aos jogadores.

—Quem bate primeiro?—Fabinho nos olhou,perguntando.

—Fabinho,meu filho,nós temos um dos melhores batedores de pênalti dos últimos tempos.—Meu pai abriu os braços,como se fosse óbvio.—É óbvio que é o Gabriel.

—E qual o problema ser outra pessoa?—Beatriz cruzou os braços.—Sei lá,um Filipe Luís.—Ela deu de ombros.

Eu e Fabinho viramos para mesma,a encarando como se quisesse perguntar qual problema ela tinha.

Pras' damas-Gabriel Barbosa (PARALISADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora