Romance escrito em português de Portugal.
Olive Anderson é uma rapariga simples, inteligente e doce (exceto com o seu novo vizinho). Jake Martin, típico badboy, pegador nato e por vezes antipático mudou-se para o seu condomínio há uns meses, porém a...
O meu pai ligou-me 3 vezes perto das 20h, visto que o jantar seria em nossa casa daqui a 1 hora; ainda me mandou mensagem:
~ Liv não chegues tarde o jantar é às nove.
~ Tenho mais que tempo pai.
~ Espero que tenhas em conta que te quero apresentável para os convidados.
~ Nada de meias com chinelos.
~ Mas eles vão me ver assim maior parte do tempo.
~ Faz lá isso pelo velhote :)
~ 'Tá bem.
Ainda perguntei à Gwen se não queria vir comigo mas ela disse que «jantares de família com vizinhos não é bem a minha cena», nem a tua nem a minha, só a dos meus pais pelos vistos. Entrei e a mesa de jantar estava cheia de vasos de flores e pratos chiques que estavam arrumados no armário a ganhar pó. Alisei o cabelo, usei um vestido preto e calcei as minhas All Star pretas.
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Quando me estava a finalizar ouvi vozes a falarem, portanto concluí que estava "atrasada". Saí do quarto e automaticamente vi-o quando cheguei à sala de jantar, estava com uma camisa azul escura e com umas calças pretas; ambos fizemos uma cara de desespero. Quase pude ouvir um suspiro, mas ignorei-o e cumprimentei os seus pais.
Jake
Não evitei "tirar uma primeira impressão" dela enquanto cumprimentava a minha mãe e o meu pai, não estava mal, admito. Talvez fosse boa para dar uns amassos e pronto. Como seria de esperar a minha mãe decide "mentir" por simpatia às pessoas:
- Meu Deus tu é que és a Liv? Que L-I-N-D-A! - comentou a minha mãe.
- Ah obrigada. Mas o Jake também não fica nada atrás. - disse a mãe dela.
Vi-a fazer uma cara de reprovação quando a mãe dela me elogiou (aquele típico "desta vez alguém me tire daqui"). Acho que a minha irmã gostou dela, passaram o jantar a falar, sentadas uma ao lado da outra. Aproveitei que os nossos pais conversavam sobre aqueles assuntos de cotas e aproximei-me. Estava de costas para mim, no telemóvel a mandar mensagens suponho.
- Liv... Ninguém tem esse nome. É diminutivo de quê? - virou-se surpreendida; durante a "conversa" mantive sempre o meu tom de voz habitualmente indiferente.
- Olive. E tu é que és o Jake.
- O próprio. - estendi-lhe a mão; olhou-a e voltou a prestar atenção ao telemóvel.
- Tens namorado? - consegui captar-lhe a atenção novamente.
- Essa é a primeira coisa que me perguntas?
- É uma pergunta como outra qualquer.
- Não, não tenho namorado. - voltou às mensagens - Aliás o meu ex tinha exatamente o mesmo nome que tu.
- Boas memórias com ele? - talvez o possa ter dito num tão ligeiramente mais provocador.
- Não te vou responder a isso. - desligou o ecrã e olhou para mim - Bem, precisas de mais alguma coisa ou posso ignorar-te o resto da noite?
- Alguma cena que se beba.
- Os meus pais já te apresentaram a cozinha, 'tás à vontade pra ir lá tu.
- Começo a pensar que não curtes muito de mim.
- A sério? Será pela porta do carro ou pela cena da fila?
