1.6 • 𝕴𝖓𝖛𝖊𝖏𝖆

162 36 36
                                    

Minho não havia saído daquele sofá depois que havia voltado do banho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minho não havia saído daquele sofá depois que havia voltado do banho. Foi Changbin que acabou sugerindo que o rapaz tirasse aquela roupa suja e colocasse ao mais confortável... mas só foi tirar a blusa para que tivesse uma visão melhor do desenho marcante em suas costas.

Asas. As mesmas do famoso anjo caído.

Se não tivesse recebido a visita de Afrodite, nunca conseguiria juntas as peças. Ainda era difícil acreditar... mas Minho era quem Changbin estava procurando todo esse tempo.

E ele não sabia como ajudar!

Ficou um bom tempo quieto até mesmo quando o mais novo voltou com café para ambos. Ele aceitou, mas quase não tocou na xícara. Pior que Changbin não fazia a mínima ideia de como iniciar uma conversa, mas sentiu um certo alívio quando o Lee tentou explicar na sua visão.

── Desde pequeno... nunca tive a oportunidade de me sentir alguém sortudo, afinal, minha vida era apenas desgraça após desgraça ── comenta, olhando para a xícara ── Quando eu soube que, dificilmente, poderia conseguir ajuda dos deuses... eu quis tentar antes de apenas desistir de tudo, até mesmo da minha vida.

── Você... conseguiu invocar um dos deuses?

── Sim, mas ela disse que não podia me ajudar... nem sei o motivo de ter ficado surpreso. Afinal, deuses não ajudam, só dificultam ── ri fraco ── Nunca imaginei que meu desespero fosse chamar atenção daquele cara... que, de fato, me deu o poder que eu tanto queria em troca do acordo que ele mesmo fez.

Ok... um acordo com o próprio mal. O que podia dar errado?

── Eu nunca mais me sentiria humilhado nem maltratado por ninguém... assim, matar quem eu quiser era um dos tratos ── notou que, ao falar aquilo, parte dos olhos mudaram de cor por instante ── Eu juro que não tive arrependimento disso...

── Por que... está me contando isso?

Minho olha para ele, com o olhar pesado e preocupado.

── Aquela coisa... está tomando conta do meu corpo ── diz ── Eu acho que... estou machucando até mesmo quem não deveria.

── Como assim?

── E-Eu não sei... E-Eu apago e só acordo horas depois. Minha consciência some durante esse tempo e não faço a mínima ideia do que faço durante esse tempo ── fala baixo ── Eu só... como você pode permanecer perto de mim depois de tudo o que eu disse?!

── Você veio aqui para que eu escutasse o seu lado... eu estou fazendo isso ── comenta ── Eu não tenho motivos para estar com medo... estou falando com você, não ele.

Minho não soube como responder aquilo... mas sentiu parte do coração aquecer. Havia passado tantos anos sozinhos que a ideia de ter alguém preocupado, ou que ao menos o escutasse, era... bom.

The Devil's Contract || MinBinOnde histórias criam vida. Descubra agora