Alguns finais são tristes

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Joohyun

Desde que terminei meu relacionamento conturbado com Suho, e consegui uma medida protetiva por causa de sua agressão, sigo como uma nômade mudando de cidade em cidade convivendo com o medo de ele me encontrar. Sim eu tenho a medida, mas isso não impede ninguém cometer um crime, não o impediu de me achar algumas vezes e me contatar bastante também. Faz dois anos e esse homem parece ainda está preso a ideia de que eu voltarei com ele mais cedo ou mais tarde.

Passei por cada uma das cidades da Coreia, Busan, Ansan, Ulsan, Incheon, quando saí de Daegu. Agora eu estava em Seoul e para ser bem sincera estava gostando da cidade. Tive ajuda da minha amiga Jennie para achar um lugar bem centralizado e abrir a floricultura, por sorte o lugar era grande o suficiente para acrescentar uma plantação aos fundos e as vendas eram relativamente boas, conseguia me manter bem e me dar ao luxo de algumas vaidades vez ou outra.

A floricultura tinha seis meses de existência e eu estava considerando a ideia de tornar aquele lugar definitivo antes, mas quando Seulgi entrou na minha vida eu tive certeza de que agora era hora de parar de correr e me estabelecer em um lugar finalmente. Claro que a Kang tinha bastante influência na minha decisão, mas ainda queria fazer isso por mim também, por que não é saudável viver com medo e fugindo como uma criminosa, quando o único crime que cometi foi contra mim mesmo, quando achei que tinha escolhido a pessoa certa e mantive um relacionamento fadado ao fracasso porque confiei que iria melhorar.

Fazia dois anos que eu não tinha ninguém, na verdade nem tempo para isso eu tinha, com todas as mudanças e preocupações com meu bem estar. Outro motivo é que ninguém tinha me cativado a ponto de me fazer querer dar uma chance, até agora, até Seulgi.

E sim, nós iríamos para um encontro. Eu sorri ao me olhar no espelho pronta para sair. Fechei a loja cedo e corri para casa, afim de me vestir da melhor forma para nosso primeiro encontro.

Eu estava animada. E para ser sincera estava esperando por isso há uns dias já. Claro que eu poderia chamar, mas se ela chamasse eu teria certeza de que não estava interpretando errado seus sinais.

Já com minha blusa azul com listras verticais ombro a ombro, e saia jeans escura, chego minha aparência e logo após a hora no relógio. 19:26h

Pego meu celular e abro na conversa com Seulgi.

"Estou pronta, nos encontramos no cinema?"

"De jeito nenhum, eu vou buscar você me passe o endereço."

A mensagem chegou logo em seguida me fazendo rir.

" Não precisa se incomodar, eu vou andando, é perto."

"Tudo bem, mas na volta eu te acompanho, não posso deixar uma moça tão linda ficar andando pelas ruas sozinha."

Sorri. Seulgi era tão gentil e prestativa, eu estava começando a me acostumar com aquele jeitinho dela.

Saí da casa e comecei a caminhar pelas ruas que estavam um tanto desertas aquele horário, era estranho, mas a caminhada era realmente curta então apenas apressei meus passos para que chegasse o mais rápido possível ao destino. Mas uma sensação estranha de repente tomou conta de mim, tive a impressão de estar sendo seguida no momento em que tive a ideia brilhante de entrar em um beco para que cortasse caminho e chegasse mais rápido.

Meu corpo paralisou quando senti uma mão gelada sobre meu ombro esquerdo e o corpo de uma pessoa se fazer presente ao meu lado.

- Continue andando. - Ouvi. Naquele momento eu tinha certeza absoluta de quem se tratava.

Quando as Rosas Desabrocharem - Seulrene Onde histórias criam vida. Descubra agora