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Finalmente paramos de gritar e ele abre a boca para falar

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Finalmente paramos de gritar e ele abre a boca para falar.

⎯⎯ O que você está fazendo aqui, sua pervertida!

⎯⎯ Eu o quê?! O pervertido aqui é você! Eu quem deveria estar perguntando isso!

⎯⎯ Você é quem está no banheiro masculino e quer ter razão?

⎯⎯ O quê?! ⎯⎯ Vou até a porta onde encontro o símbolo. Ah não...⎯⎯ Olha, eu posso explicar.

⎯⎯ Não acha que é tarde demais para inventar uma desculpa? Olha, eu sei que sou muito bonito mas isso já é demais. É assédio, e assédio é crime.

⎯⎯ Do que você está falando?! Eu não me importo se você é bonito ou não, eu não estou aqui com o intuito de assediar você!

⎯⎯ Ow, ainda se faz de vítima. Inacreditável. Já vinheram com uma dessas para mim, já me acostumei. Você é uma daquelas fanfiqueiras, né? " Vou fingir entrar no banheiro masculino para depois dizer que não o conheço e assim começaremos nossa história de amor".

⎯ Cara, você é doente.

⎯⎯ Vai fingir que não me conhece?

⎯⎯ Não, eu não conheço você e não quero.

Ele se aproxima, aproxima o bastante para que meu corpo se choque com o batente da pia, sem espaço para sair. E ele continua se aproximando, olhando fundo nos meus olhos até que ele para. Parece ter entrado em choque, seus olhos são uma mistura de surpresa e felicidade carregados. Eles marejam, brilham de uma forma tão intensa.

Ele está bem...?

⎯⎯ Como é o seu nome?

⎯⎯ O quê? ⎯⎯ Respiro fundo ⎯⎯ Olha, você me acusa de assédio, ou de uma das suas fãs malucas e quer saber meu nome? A minutos atrás você estava me condenando com o olhar.

⎯⎯ Me diz o seu nome.

⎯⎯ Não!

⎯⎯ Porra, só me fala o seu nome! ⎯⎯ ele perde a paciência.

⎯⎯ Não grita comigo. Você não me conhece então não venha me tratar assim. Eu vou embora agora e espero nunca mais ver você em toda a minha vida.

⎯⎯ Não é você. ⎯⎯ Ele se afasta, seu olhar trazia um pontada de tristeza e desapontamento.

⎯⎯ Você é realmente maluco.

⎯⎯ Eu também espero nunca mais vê-la em toda a minha vida, maluca do banheiro.

⎯ Palhaço.

O afasto para longe e vou embora. Espero que ele falhe no teste, assim poderei não vê-lo nunca mais.

Corro até a pista onde já estavam chamando o meu nome. Rapidamente coloco os patins e entro na pista.

Até a Última Neve Cair ❄Onde histórias criam vida. Descubra agora