Capítulo 59

411 41 100
                                    

Christopher abriu a foto e viu a morena sentada à mesa, segurando o porta-retrato com a foto dele e dando um leve sorriso, gesto que ela fazia apenas por ele.

Sentiu o peito apertar ao vê-la e arrependeu-se de cada palavra não dita para a esposa.

Christopher Uckermann
Amo você, Dulce!

Christopher Uckermann
Eu amo você, vida!
Deveria ter dito antes, eu amo você.

Quando aprenderia que os bons sentimentos deveriam ser expressados sempre diante da primeira oportunidade? Quando entenderia que medir forças com o orgulho apenas o afastaria de quem realmente amava?

Arrependeu-se fortemente por não ter se despedido dela, por não ter insistido em levá-la para a emissora, por ter permitido que ela se afastasse mesmo com um clima desconfortável; ele precisava melhorar certos impulsos negativos.

Esperou o celular vibrar novamente, mas Dulce já não estava online e sequer havia lido as últimas duas mensagens enviadas.

Christopher= Merda. – exalou pesadamente.

Selena= O que foi? – tocou o joelho dele. – Fale comigo ao invés de ficar resmungando sozinho, vai...

Christopher= Nada. – pigarreou. – Eu não facilito as coisas com a Dulce, sabe?

Selena= Uhum. – não demonstrou reação alguma. – Eu sei, sim.

Christopher= Às vezes não sei como ela me aguenta ou por que... sei lá, por que ela não desiste. – deu de ombros. – Eu teria desistido, se fosse ela.

A morena sentia que poderia dizer muita coisa ao irmão mais novo, havia formado diversas opiniões durante o tempo que conhecia a cunhada, e principalmente depois de ter passado a semana inteira com ela. Definitivamente tinha muito a dizer, mas não possui a certeza de que aquele era o melhor momento, portanto, calou-se.

Deitou-se no sofá, apoiou a cabeça no colo do irmão e passou a concentrar os olhos na televisão até que o sono terminasse alcançado-a novamente.

Sem saber exatamente em que momento haviam caído no sono, Selena e Christopher simplesmente adormeceram no sofá.

Despertaram algum tempo depois, ambos com um pulo assustado no sofá, e a voz de Gustavo ao longe, que gritava insistentemente:

— MAMÁ!

Christopher= Puta que pariu! – olhou ao redor, tentando situar-se do horário.

Selena= É o Guga? – sentou-se no sofá, coçando a cabeça. – Acho que peguei no sono de novo.

Christopher= Caralho, Sel, são oito e meia! – pegou o celular. – Merda! – viu a notícia televisionada na CNN e as ruas já fechadas.

Selena= Meu trabalho... – levou uma das mãos ao rosto. – Puta merda!

Gustavo= MAMÁ! – gritou com mais força. – MAMÁ! MAMÁ! VEM! MAMÁ, VEM!

Christopher= Droga! – levantou-se com pressa e foi correndo para o quarto do filho.

Gustavo= MAMÁ! – apertou os olhos ao gritar.

Christopher= Guga... – entrou no quarto do menino. – Bom dia, filho. – o menino o olhou com cara de poucos amigos. – Bom dia, campeão!

Gustavo= QUÉ MAMÁ MÍO! – sentou-se na cama e abraçou Baleia, que rapidamente deitou-se no colo do pequeno.

Christopher= A mamãe está trabalhando, filho. – aproximou-se. – Logo ela volta para casa. – sentou-se perto dele. – O papai não serve? – o menino seguia quieto. – Hein, Guga? Não quer o papai?

A Sósia - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora