Chapter 425 Tão perigoso, o anti-herói nunca foi tão atraente 3

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Capítulo 425 Tão perigoso, o anti-herói nunca foi tão atraente 3

O outro homem apareceu subitamente na entrada da barraca e o clima entre seus olhares foi brutalmente desfeito pela aura fria que o cultivador de vermelho exalava.

Pois, ele pousou seu olhar inexpressivo em Liang, acusando previamente que ela não devia estar ali.

Já o homem que antes limpava seu rosto, se afastou ligeiramente guardando o lenço úmido e sujo de terra e lhe estendeu a mão:

— Xiao Jie consegue ficar de pé?

Liang não gostou do outro homem, desviando os olhos dele, segurou na mão de seu ajudador e se levantou, sentindo o curativo na perna repuxar um pouco.

— Consigo andar... Mas, Daoren pode me acompanhar até a entrada do bosque? — Ela indagou, sem contudo soltar-lhe a mão.

O cultivador parado na entrada olhou a cena de soslaio e resmungou algo ríspido:

— Ela é uma local... Pra que levá-la? É óbvio que ela sabe o caminho.

— Hulang Da Ge... — O cultivador de cardigã preto sorriu efusivo. — Exatamente, é uma local inofensiva que levou um tombo imprudente de uma árvore, o que as boas pessoas daqui diriam se ela saísse mancado sozinha? Um pouco de consideração, hum?

E ao dizê-lo, puxou a jovem dama pela mão, passando por Hulang que ainda olhava os dois passarem por ele, com uma hostilidade completamente nua.

Talvez, por estarem sendo observados por Hulang, o cultivador e a Liang não disseram coisa alguma enquanto passaram às margens do rio, era como se houvesse uma sensação gélida perseguindo suas costas.

Somente quando sumirem entre várias árvores, se aproximando do ponto que ela seguiria sozinha, é que Liang ouviu a voz do homem que caminhava à sua frente dizer, praticamente soprar sem desviar o olhar do caminho à frente:

— Queria saber meu nome... É Dan Ren, agora já sabe.

— Não sabia que eu lhe causaria problemas... — O tom de Liang soou um pouco culpado. — Quando voltar para o acampamento ficará bem com o tal Hulang?

— Eu sou provavelmente muito mais problema do que Xiao Jie poderia ser. — Dan Ren estava mais sério, mas não parecia zangado ou aborrecido. — Então, é melhor não me seguir novamente...

Antes que chegassem até a entrada do bosque, Liang puxou sua mão que antes estava abraçada pelos dedos dele e disse quase baixo demais:

— É Liang... Não quero somente ser uma Xiao Jie qualquer.

Ambos deixaram de caminhar e um virou na direção do outro.

— Me oferecendo seu primeiro nome? — Ele entortou de leve os lábios num meio sorriso. — E essa aliança no seu dedo?

“Oh, ele percebeu, mas que droga...” — Liang deu os ombros, revirando os olhos por meio segundo se xingando de “burra, burra, burra” em pensamento.

Contudo, a reação seguinte da cultivadora foi olhar com certa ousadia para ele, segurando a aliança que estava em seu dedo anelar.

— Ah, isso... Se te incomoda eu tiro e volto para jogar no rio.

Ele riu baixo, de um jeito de quem duvidava.

— É assim? Não significa nada para você?

Liang forjou um suspiro de tédio, girando a aliança no dedo, sem retirá-la.

— Não sei. Me diga você, Dan Ren... Caso eu possa vê-lo amanhã.

Diante do dito, o cultivador que tinha apoiado a mão num galho, o quebrou e ainda o partiu em dois com as mãos, antes de responder:

Jun Wu - A Terceira Face do Príncipe • Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora