Único

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Nezuko acabou de sair da escola e como não bastassem as aulas e as pilhas de trabalho que ela tinha para fazer, também existiam os problemas em casa com os seus pais, que estão pensando em mudarem-se para uma cidade vizinha, já que isso facilitaria bastante para o seu pai, entretanto isso a afastaria mais de suas amigas, porque ao se mudar para uma outra cidade, ela não estaria tão perto da escola, e seu pai já havia lhe dito que encontrará uma escola perfeita, para ela e seus irmãos, o que a afastaria de tudo que ela tem ali.

Cansada de pensar tanto nisso, ela decidiu ir para uma cafeteria, que fica por onde ela passava. Entrou e sentou-se em uma das mesas do estabelecimento. Nezuko não conhecia muito bem aquele lugar, afinal ela não era muito de sair com as amigas e nem de comer fora, por essa razão, era difícil visitar lugares como esse, mas não se engane, pois não era a primeira vez dela ali, apesar de não gostar muito de sair, ela visitava aquele lugar quando queria fugir um pouco do estresse do dia a dia ou simplesmente ficar longe dos seus irmãos barulhentos, para poder estudar com mais tranquilidade.

Ela olhava em sua volta e admirava cada detalhe que via, por mais que já tivesse ido naquele lugar ela nunca reparou em nada, além de seus cadernos e pedidos, mas hoje não havia nada disso e ela pode vislumbrar as cores vivas do café. Era uma cafeteria como as outras, com as paredes e o chão na cor castanho, as luzes decorativas todas muito bem organizadas, que formavam o nome do café, a qual ela nunca tinha reparado.

Perdida em seus pensamentos por um bom tempo, ela estava achando coisas que antes não achava. Olhando para a porta pode ver um senhor entrar no estabelecimento, ele se sentou logo sendo atendido por um jovem, desviou seu olhar dos dois para a sua frente sonhadora e em seguida se lembrou de sua realidade avassaladora.

E como se não bastasse o rumo que a sua vida estava levando, ela abre a bolsa e vê que esqueceu a carteira, ou seja, não poderia pedir nada. Agora havia uma Nezuko faminta e mal-humorada, decidiu ir para casa, mas antes que pudesse de se levantar foi surpreendida com um prato com a sua refeição favorita, olhando para o ser a sua frente dizendo:

— Ah! Lamento, mas eu não pedi na... — Não conseguiu terminar a frase, pois ele a interrompeu.

— D-Desculpa, eu sei que... que tu não pediste, mas eu achei que tu precisavas — disse ele sem jeito tentando convencer a garota a ficar.

— Mas eu esqueci a minha carteira, então não tem como eu pagar — disse Nezuko tentando explicar ao rapaz que não poderia sequer pagar a comida, então era impossível ela comer aquilo.

— Tudo bem, você não precisa pagar, afinal, é por minha conta — diz ele sorrindo. — As vezes as pessoas só precisam de simples gestos como este para alegrar o seu dia, muitas vezes até um "bom dia" pode melhorar o dia de alguém e eu... não sei porque, mas sinto que precisava alegrar o seu di... q-ue... quer dizer, eu acho que já falei demais, me desculpa.

Nezuko queria recusar, mas antes de poder retrucar, a sua barriga a entregou deixando-a envergonhada. Ela volta a olhar para o rapaz que acenou positivamente com a cabeça para não deixar dúvidas nenhuma, logo em seguida Nezuko olha para o prato e solta um "Itadakimasu" e começou a comer a sua refeição, assim que deu a primeira garfada não conseguiu evitar um sorriso, que foi imperceptível para todos, menos para ela e o rapaz a sua frente.

—Bem... agora eu vou indo, ainda tenho trabalho a fazer — o rapaz estava pronto para ir embora, mas antes que ele se virasse, foi impedido pela jovem Kamado.

— N-nome... — Ele a olhou sem entender nada — Seu nome — A Kamado falou com a uma voz tão baixa, que se não fosse a boa audição do rapaz, teria que repetir e mais alto, coisa que Nezuko provavelmente não conseguiria.

Um simples gestoOnde histórias criam vida. Descubra agora