▫️ Capítulo 15▫️

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NICK DONIVAN

A chegada inesperada da Brisa no meu tatame, me trouxe rapidamente a minha realidade. A Lunna era a sua melhor amiga, um ser inalcançável. Por pouco, eu não a havia puxado para mim e a imprensado contra a parede, reivindicando tudo aquilo que eu acreditava ser meu; e isso, bem na frente de todos os meus alunos. Eu realmente devia estar fodido da cabeça. A que ponto eu havia chegado? Aquilo tinha de parar.

Logo, sem querer dar ouvidos para as vozes dentro de mim, onde insistiam em querer me fazer descobrir, sobre o quê, a minha querida irmã havia falado; a respeito de um homem tatuado e as aulas de luta da Lunna; eu tento voltar para o treino e guiar os meus alunos. Eu precisava dispensá-los e organizar os equipamentos da minha academia. No entanto, a ideia de algum deles sendo alvo dos olhos e da atração da Lunna, me deixava irritadiço.

"Seria o Sebastian? Ainda teria o Tôni e o Ricardo, se fossemos considerar a informação incompleta, que a minha irmã havia dado, sobre ele ser alguém tatuado."

"Merda!!!!! Porque a Lunna se interessaria por algum dos meus alunos? Eles não são dignos da sua pureza e brilho."

Enrugo as minhas sobrancelhas e tento não querer descontar toda a minha frustação neles. Eu não tinha droga nenhuma com a Lunna. Eu não poderia sair por aí, descontando toda a minha raiva e indignação, só porque agora, ela poderia ter se interessado por qualquer outro homem, que não tenha sido eu.

Eu só poderia estar entrando em combustão. O meu corpo todo, estava elétrico e doido para socar algum saco. Eu precisava liberar os meus alunos.

— Ok, pessoal. Por hoje já deu... Podem guardar os equipamentos ali no chão, que depois eu os guardo. Feito isso, voltem aqui, para a posição inicial. — Cruzo os meus braços na frente do peito e os aguardos voltarem. Eles ficam em linha reta fazem a sua saudação.

Encerro o treino e olho mais uma vez, para a parte de cima do meu escritório. A Lunna e a minha irmã, ainda estavam lá. Não sei o que tanto elas tinham para falar, mas com certeza, a Lunna iria ter que aguentar muito mais das perguntas da minha irmã. Eu sabia bem como a Brisa era. Tanto, que ela mesma chegou invadindo tudo aqui no me tatame e na minha academia. Maldito trato que nos dois tínhamos. Se eu não prezasse tanto pela minha liberdade e bem-estar, eu mesmo a entregaria para os nossos pais. Não queria ser o alvo do principal influenciador negativo da sua vida. Pois, conhecendo bem os nossos pais, eles diriam que haveria de ter sido eu, a lhe influenciar sobre isso. Logo, eu nada poderia fazer. Ela ia e vinha na minha academia, quando bem entendesse.

Assim, eu fui diretamente para o meu saco de pancadas e comecei a soca-lo. Eu precisava esvaziar a minha mente e liberar toda aquela excitação sexual, que a Lunna havia despertado em mim. Eu tinha que reprimir o meu desejo. Fiquei por mais de meia hora, me exercitando e praticando os meus golpes. Eu já estava suado e extasiado de adrenalina. O Cheiro da Lunna ainda estava por ali, mas eu não queria pensar nisso e me concentrar nela. Porém, a voz da minha irmã e o cheiro da dita cuja, na qual eu havia falado antes, volta a se intensificar. Logo, eu encho os meus pulmões de ar e me viro, pronto para controlar qualquer impulso ou desejo que eu sentia por aquela garota, para dentro de mim.

— Nick!! Já conversei com a Lunna. Eu vou treinar com vocês. — Ela diz simplesmente isso e nem me deixar argumentar contra a sua decisão. — Ela precisa da minha ajuda e eu estarei por aqui. O seu bem-estar, vem em primeiro lugar. — Ela saltita e vem até mim, se enroscando no meu pescoço. — E em falar nisso, você foi um verdadeiro cavalheiro com ela. Obrigada!! — Ela deposita um beijo na minha bochecha e nem se importa, com o cheiro ou o suor salgado que escorria pelo meu rosto. Tornando impossível rebatê-la.

Logo, eu olho para Lunna e penso que cavalheiro, com certeza era uma das coisas que eu não estava sendo com ela. Porque se fosse verdade, eu não a estaria a olhando com tanto desejo e cobiça, como eu estava fazendo exatamente agora. A calça legging que ela estava usando no momento, se ajustava perfeitamente no seu quadril e o top preto quadrado, impulsionava os seus dois seios para fora do tecido, me fazendo ter um pequeno vislumbre da sua pele exposta. Deliciosa. Eu tinha vontade de beijá-la bem ali, para saber qual seria o seu gosto mais em baixo; porém, eu logo engulo em seco e tento me controlar.

— Ok! — Eu concordo com a sua imposição, mas eu imediatamente eu imponho as minhas regras. — Contudo, querida irmãzinha, eu não quero saber de brincadeirinhas e nem de desrespeito no meu tatame. — Olho diretamente para ela. — Aqui, eu sou o seu mestre e líder de qualquer outro aluno meu. Não tem isso de "preferitíssimo" ou desculpinhas esfarrapadas. Aqui é treino pesado e sou eu, quem dito as regras. Não queira passar por mim ou tirar a minha as minhas ordens, estamos entendidos? — Falo sério, para que a minha irmã entenda que isso aqui é o meu trabalho e não, um passatempo.

— Tá bem! Tá bem! Estressadinho. Eu vou me comportar, eu prometo. — Ela dá uma piscadinha de olho para Lunna e se apoia no meu ombro.

Logo, eu relaxo o meu ombro e a mesma, se desequilibra; quase que caindo no chão. Nós, imediatamente caímos na risada e entramos naquela nossa brincadeira de irmãos. Solicitei a sua ajuda, para guardar as coisas do tatame e ela aceitou, quando eu lhe disse que aquilo, era uma ordem vinda do seu mestre; era o bendito teste dela. Ela revirou os olhos, mas aceitou.

Assim, eu me afastei delas e fui tomar o meu banho, para que juntos, saíssemos do galpão e fechássemos tudo. Por um breve instante, eu ainda olho para trás e vejo a deliciosa bunda da Lunna, se agachando, para pegar um dos acolchoados do chão. A minha mente vagueia, com a ideia de um dia poder tocá-la saboreá-la, mas logo me corto, fazendo com que o meu corpo se virasse e fosse direto para o banheiro. Já passei demais do meu limite com ela. E com a Brisa, agora por perto, eu teria que ter muito mais cuidado com os meus desejos obscuros.

Talvez, e eu digo só talvez mesmo, tendo a presença da minha irmã constantemente ao seu lado, eu meio que pudesse me desencanar dela e passasse a vê-la novamente, como a querida e jovem amiga de infância da minha irmã. Pois, se isso realmente não acontecesse, eu não saberia dizer até quando, eu iria conseguir manter as minhas mãos bem longe dela. E eu, até que estava me comportando muito bem, lutando contra todas as minhas forças, para não agarrá-la e beijá-la como eu bem queria; assim como qualquer outra presa minha, quando me despertava o interesse ou desejo.

Porém, com a Lunna, eu sabia que tudo seria diferente, seu eu decidisse seguir em frente. Sempre a evitei ao máximo. Mas agora, vendo o quando ela estava mudada e havia amadurecido, me deixava ainda mais sedento por ela, querendo protege-la e preservar toda a sua luz. Não queria que ela se machucasse ou perdesse o seu brilho para o mundo. Sempre a vi como um ser intocado; mas a sua presença constantemente aqui na minha academia, de alguma forma, me fazia querer ser alguém melhor, para poder me aproximar ainda mais dela.

"Seria isso, possível?" Um ser tão obscuro quanto eu, com marcas tão profundas e escuras da vida, se envolver com um anjo tão puro e inocente quanto Lunna?

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Cheguei 😁😁👐🏼👐🏼
Será possível... ?? Quem responde ao Nick ? Kkk 🙈😅👀💙

Ela cresceu Onde histórias criam vida. Descubra agora