A bebedeira (Capítulo Único)

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8 de Maio, 1945.


  Era o fim da guerra, o Alto comando da Wehmarcht assina a rendição na batalha, a mensagem rapidamente havia chegado aos Soviéticos, que gritaram,  saudaram e jogavam seus chapéus de inverno para o vento—aquilo simplesmente era maravilhoso—quem não também estaria feliz pela derrota daqueles em que tirou a vida de pessoas inocentes? é agora que os Soviéticos têm uma desculpa coerente para se afundarem em uma boa cachaça e voltarem para suas casas felizes por representar seu maravilhoso país. Já em Berlim, era totalmente uma bagunça, O Portão de Brademburgo entre ruínas de destroços era aonde a Bandeira Vermelha fora reerguida com muito orgulho pelos Soldados. Todavia, apenas um certo homem de pele branca, olhos castanhos escuros e cabelos raspados, não se misturava com seus camaradas, proferindo ficar em silêncio a conversas fiadas, o mesmo se isolava sentado sobre pilhas de destroços de uma loja de chocolate destruída pelos bombardeios, mantendo seus olhares mortos para o nada.

— Vlad?

VLADIMIR!

O Homem de olhos amarelos exclamou, assim o tal formou uma pose rígida finalmente 'acordando para a vida'.

— Ah, o quê?...

— Está tudo bem? Desde que você foi baleado no ombro, começou a andar muito quieto...

—  Não, não, apenas estive pensando em algo.— Enquanto falava, seu amigo sentaria de joelhos afastados ao seu lado, todo desleixado— Me sinto vazio. Não sei o que fazer quando voltarmos para casa, já que você sabe que eu não tenho mais esposa.

— Ei camarada, não vamos pensar no futuro, hoje é o nosso dia! Não deixe seus chifres acabarem com isso— Fora interrompido por um soco em seu ombro direito, rindo por facilmente deixar o mais velho irritado. Todavia, Vladimir não parecia zangado ou algo do tipo, estava rindo ladino, apreciava como seu amigo conseguia transformar seus problemas em piadas—que mesmo sem graça—tiravam uma risada froxa do mesmo.

— O que faremos para comemorar então, senhor sabichão?— Diz Vladimir, ainda sorrindo. Tendo a visão de outros soldados empurrando os prisioneiros para o beco, logo os tiros foram executados, soando de maneira abafada pela cidade.

— Que tal irmos ao bar? Todos vão estar lá, especialmente o General.

—  Bar? Aonde vai sequer ter um bar por aqui? Acabamos com tudo, não está vendo?

— Relaxa, meu amigo! De alguma forma, um bar permaneceu inteirinho pela cidade, só as janelas que  estão detonas. E olha só, por sorte nossa, aqueles bastardos amarzenavam Be¹bidas no estoque.

— Por mim tudo bem então.

— Mas não exagere na bebida desde da última vez.

Com o passar das horas, mais anoitecia, a cidade—por estar destruída— mantia uma aparência totalmente inóspita, a escuridão engolia que um fora o palco de turismo, nomeada uma das cidade mais bonita e frias pela noite. Vladimir e Aleksey já estavam em caminho ao bar;  de longe viam luzes amareladas  banhando a neve fofa e branca, juntamente a melodias cantaroladas pelos Soldados embriagados. O bar por além de simples estava quase detonado, parecendo que há qualquer momento ia desabar na cabeça daqueles permanecerem ali.

— É aqui. Vem.

Aleksey começou a guiar seu amigo de uma quanto tanto estranha para Vladimir, segurava em suas mãos duma forma que não podia se desprender; porém não falou nada a respeito, não ia simplesmente acabar com o clima de Vitória, todos mereciam uma féria, especialmente Vladimir. Ao chegarem, foram recebidos por dois soldados, aparência juvenil dançando o famoso 'Kazoskicky' encima do balcão, sendo aplaudidos pela plateia. O bar estava lotado, quase não se via sequer uma mulher naquele canto. Ambos se direcionaram ao balcão, pedindo uma garrafa enorme de Uísque; afinal, era tudo gratuito, preencheu mediano os copos pequenos, de cara Vladimir tomava de maneira mais conservada, já Alek não se dizia o mesmo, parecia mais um viciado que não havia bebido há dias. Até mesmo anos.

— Hey cara, vai com calma.— Diz Vladimir, tendo como resposta a risada de seu Amigo, rodando o licor no copinho.

— Kxkxk, não se preocupe meu camarada, Um Uísque desses não pode me derrubar nem que a vaca tussa! E você dizendo isso? Caralho, acho que estou em um universo paralelo.

— Não diga baboseiras.

  Assim permaneceu a noite, foram dois, três, setes copos de Uísque, nesse ponto Vladimir estava mais embriagado que nunca mesmo não exagerando no licor, seu rosto estava totalmente vermelho, podendo facilmente ser confundido com um morango. Já seu amigo, parecia um pouco mais preocupado com Vlad que antes aguentava doses absurdas de Uísque, e agora estava que nem um tamanduá com sono. Por que ele ficou assim de repente?

— Urgh... —Resmungou ao tentar-se descer do banco, fracassando miseravelmente no que poderia fazer ao momento, ficando de joelhos e cabeça baixa.

— Calma... deixe que te ajudo.— Agachou-se em frente ao seu camarada,  oferecendo sua mão, assim que a pegou apoiou sua cabeça no busto do mais novo— Cacete, você está mais bêbado do que nunca.

BLYAT—Foram suas últimas palavra antes de vir a maldita ânsia de vômito, se dependesse de Vlad iria vomitar na cara de todos aqueles pôsteres de propaganda nazista lhe davam nojo, não demorou muito para que fosse guiado fora do antigo estabelecimento, agora tomado por Soviéticos totalmente bêbados e loucos, há qualquer momento Vlad ia arrumar briga, e seu amigo sabia muito bem disso. Mal chegou ao beco e começou a agir como um completo louco, rindo e algumas vezes, chorando implorando para que sua esposa volte. Por outro lado, seu parceiro não o impedia—afinal já estava acostumado com aquele comportamento estúpido por parte de seu amigo—então pegou uma carteira de Cigarros do bolso, colocando um dos ma boca logo depois acendendo um isqueiro—Já acabou?—Vlad se virou para seu amigo com cara de quem não havia dormido por três dias seguidos, ele reergueu-se então aproximou-se lentamente de seu 'camarada'.

— Você sabe como os verdadeiros comunistas compartilham seu amor?— Perguntou Vladimir.

— ... что? (Quê?) — Suas palavras foram bruscamente interrompidas ao sentir o licor na boca de Vladimir, que parecia mais um louco. Não esperava por aquele beijo inesperado, mas algo em sua cabeça o impedia de empurrar e socar de vez a cara desse homem; mal teve forças para lutar contra aquele fervor, realmente estava gostando daquilo. Nunca imaginou-se tendo mais que uma amizade com Vlad, afinal; vivia emburrado e reclamando de sua vida pelos cantos dos lugares, arrumando briga e porradaria desnecessariamente, isto é apenas um dos motivo de sua esposa saturar ele.

Após minutos se descruzou de seus lábios, encarando em admiração e fervor ao seu camarada; desde quando ele era tão lindo desse jeito? Perguntou a si mesmo, não tinha medo algum de ser pego todos estavam curtindo suas vidas bebendo e cantarolando músicas russas, por que ele não pode se divertir também? Então, beijou mais uma vez o seu amigo, que dessa vez correspondia bem ao ato, era um beijo calmo misto por amor aproveitava cada míseros minutos do beijo, antes que o anoitecer fosse acabar. Cruzaram seus corpos em um pequeno abraço, o clima estava confortante até que tudo aquilo fosse desmoronado pelo vômito inesperado de Vladimir. Finalmente botando para fora tudo que tinha que botar, realmente aquela bebida não fez muito bem a ele.

—  PUTA QUE PARIU, VLADIMIR!

   Assim se encerrou suas noites, no dia seguinte à ressaca aguardava ambos; Vlad fora acordado com os raios de sol ardente queimando sua pele branca, acordando confuso em uma tenda esverdeada, um uniforme militar serviu de cobertor  para esquentar seu corpo no mísero inverno, outros soldados adormeciam na mesma tenda, procurava por seu amigo até que por sorte, estava ao seu lado sentado, rabiscando um pequeno caderno acabado—iam partir para suas casas ás 9 da manhã.

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   Notas da Autora:

Peço desculpas pelo capítulo tão curto assim, mas fiz com bastante esforços e apoio! É minha primeira fanfic postada aqui, Em breve possivelmente trarei mais histórias dos meus roleplays, enfim, é isso, beijos do comunista. <3

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2023 ⏰

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