CAMOUFLAGE - One Shot (Billie/you)

Capítulo Único

N/A: mais umas "daquelas One Shot" para compensar o tempo em que ficarei off pela faculdade que velozmente se aproxima...

  "Procurava meu pai de todo modo, olhei todos os quartos daquela vasta cobertura até me lembrar que ele só poderia estar em um canto: no quarto dele, observando a grande foto que possuía de minha mãe em sua parede.

Pai? —o chamei adentrando o lugar. —Só poderia estar aqui mesmo

É... eu... quero me lembrar bem de todo o rosto de sua mãe— murmurou de modo distante. Estava sentado em sua poltrona habitual, e as garrafas vazias de whisky pelo chão indicavam que ele não estava nenhum pouco arrependido da bebedeira de ontem— o que quer aqui, querida?

Estive em seu escritório... — revelei num sibilo preocupante

Você viu os papéis— concluiu antes de massagear suas têmporas

Você fez uma dívida de seiscentos milhões de dólares? —indaguei incrédula— pai, isso é... loucura!

Eu tentei de todo jeito salvar ela... —murmurou inconsolado, apontando para a foto sorridente e jovial de minha mãe nos tempos em que ambos eram só jovens namorados— o que sou sem sua mãe? O que eu era pra ser sua mãe?

Já fazem duas semanas que ela se foi e eu sei como isso dói—concordei aproximando-se de si— mas esses valores...

É, eu sei que minha agência de famosos não irá suprir o rombo— concordou

Pode me tirar da faculdade particular se isso for ajudar— aconselhei o vendo me olhar com a cara mais triste que o vi fazer em dias— Não vai adiantar, não é?

Eu terei que vender tudo, e mesmo assim nada será o suficiente —explicou de modo aflito— Terei que vender todas as BMW e Lamborghini, minhas ações, essa cobertura...

Olhei para a foto de minha mãe, estávamos ambos destruídos, mas agora bem mais.

O que vamos fazer? —indaguei desnorteada

Eu liguei para um velho amigo do meu tio— revelou levantando-se— Villagrán Saint. Ele é um ex capitão já há anos aposentado do exército, mas o implorei quase que de joelhos para conseguir uma vaga lá. O pouco que sobrou para um de nós dará para nos virarmos fora do exército, porém somente um de nós.

Então... o senhor se alistou— concluí o vendo rir sem graça

Não, S/n— negou pesadamente

Não? —indaguei— então quem vai no seu lugar...?

Enfim meu cérebro virou a chave e percebi o que estava prestes a acontecer."

   A água fria jogada em meu rosto enfim me trouxe de volta a realidade. Arfei por sentir o liquido invadir minha boca, porém enfim fitei quem fez aquilo e ouvi gargalhadas explodirem no recinto.

Hora de acordar—debochou a voz que sempre me fazia querer vomitar meu café da manhã— Acho que essa recruta não aguenta uma caminhada de um quilômetro pelos arredores da base

Coronel...—murmurei enraivecida— São cinco horas da manhã, deveria ter me deixado dormir mais!

Pede com jeitinho— ordenou debochando mais ainda de mim, suas mãos rígidas pressionavam meu queixo numa força assustadora— Seu titio avô deve estar se revirando no túmulo vendo que o sobrinho dele teve uma filha tão preguiçosa