Tamaya
Porra. Eu sentia como se minhas pernas estivessem com fraqueza, porque Esther estava acabando comigo em todas os sentidos que existem no mundo.
Eu poderia estar passando a maior vergonha da minha vida, me humilhando e implorando por uma transa, mas, o que eu poderia fazer, se essa mulher me tinha sobre os seus pés?
M.e.r.d.a.
Como sairei desse jogo vicioso que ela me colocou? Ou será que fui eu mesma que me coloquei nessa droga?
Esther é pior que droga.
Ela é venenosa. E o seu veneno é necessário para a minha vida. E isso é um verdadeiro, gigante e enorme problema.
O que me fode em todas as posições que existem no mundo do sexo.
Porque estou muito fodida. Se minhas mães descobrirem o que ando fazendo e com quem ando fazendo, elas irão me abandona no meio da rua. Estou segura disso.
A mão de Esther parou a minha, não me deixando seguir com o lance de tirar a sua blusa. O que me deixou muito irritada, já não suportava essas suas manias de me deixar com vontade de prová-la.
Mas tenho algo a confessar. A sua boca, essa maldita víbora, tem o sabor mais gostoso que eu já provei em toda a minha vida. Como pode ter a doçura do seu gosto natural, misturado com o gosto do vinho seco?
É claro que já beijei outras que beberam vinho, mas a boca da Esther? Porra, essa boca é de outro mundo. A textura dos seus lábios, a suavidade que existe sobre eles e a sua língua que desliza na minha como se já fizesse isso, como se conhecesse a forma exata que gosto que me beijem, não, isso, sim, foi de outro patamar.
Grunhi quando seus dedos apertaram os meus, seu olhar aberto, assustada e confusa em deixar rolar ou não, me analisavam indecisamente.
— Você tem certeza que vai querer parar aqui? — perguntei, murmurando em seus lábios entreabertos.
Engoliu seco ao passar com os seus olhos sobre os meus e logo após em minha boca, que estava sedenta em senti-la, estava desesperada por beijá-la de novo.
— T-Tamaya... — sussurrou, mordiscando o meu lábio inferior, fazendo com que meu corpo fervesse — Não acho que devemos prosseguir com isso, mas...
Não deixei que ela terminasse de falar, apenas capturei seus lábios com os meus, permitindo que minha língua se adentrasse dentro da sua boca, conhecendo e tomando conta do que era meu. A sua boca era minha, e eu não deixaria de beijá-la. O gosto do vinho estava presente, a maciez de sua língua e o sabor adocicado da sua boca, me fez ver estrelas. Levei minhas mãos até os seus seios, por cima da blusa, mas tinha algo além da blusa, que me impedia de senti-los com mais certeza. A porra do sutiã. Que me irritou e me fez querer jogá-lo para longe. Puxei seu lábio com os meus dentes, puta da vida, queria explodir todo esse apartamento, queria que Esther me deixasse continuar, mas de novo ela colocou os seus dedos sobre os meus, parando-me.
— Cassete, Esther, me deixa te foder, por favor... — murmurei, cega de desejo, cega de fervor, cega de tudo por ela — Me deixa te tocar, me deixa ouvir você gemendo o meu nome?
O som do seu sorriso irônico me tirou de mim.
Retirei as minhas mãos do seu corpo, colocando-as sobre a mesa, deixando apenas o meu rosto, com uma distância mínima entre nossas bocas. E eu já sabia que meu cabelo deveria estar bagunçado, a boca inchada e os olhos perdidos de tanto querer.
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Odiosa fascinação [+18]
RomantikQuando dizem por aí, que o proibido é sempre mais gostoso, muitas vezes não entendemos o que isso quer nos dizer. Mas quando provamos dessa adrenalina, tudo começa a fazer sentido. Tamaya não pretendia provar do perigo, não pretendia porque sabia q...