(Vol. VIII) Ano VI p.e. ⎥ Ponto de conflito.

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ESTÁVAMOS ALCANÇANDO O trigésimo quinto dia de construção

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ESTÁVAMOS ALCANÇANDO O trigésimo quinto dia de construção. Eu sabia muito bem disso, pois, Eugene fazia questão de riscar um traço sobre a folha de papel que ele mesmo havia pendurado naquela barraca espaçosa como um toldo e aonde estavam todos os materiais que nós dividíamos durante os últimos dias, afinal, estávamos trabalhando juntos desde quando a reforma da ponte havia se iniciado.

Bom, pelo menos durante o tempo em que eu estava no acampamento, já que eu me dividia entre as viagens de idas e vindas para Hilltop, tentando me programar entre ser uma mãe presente e uma mulher de negócios participando da evolução de um mundo novo.

Quem diria, que a garota que fodeu a própria vida se envolvendo em pequenos golpes e atirando em um abusador participaria de um planejamento ambicioso como aquele?

A maioria do espaço daquela clareira perto da ponte foi transformado em uma área de acampamento para todos os envolvidos com a reforma. Sendo eles a maioria Salvadores, já que essa havia sido a condição exigida por Maggie quando ela se tornou a nossa principal fonte de suprimentos e materiais necessários.

Agora, o cenário da ponte de madeira sendo iniciada como um esqueleto promissor se dividia com a paisagem de várias barracas de camping, espaços para os cavalos, estacionamento para veículos e pontos de vigia por todos os lados.

Aquela manhã havia chegado levemente mais úmida. Não tinha chovido, o que era uma bênção, já que estávamos trabalhando contra os desejos da mãe natureza enquanto a água do rio permanecia baixa, contudo, o clima mais pegajoso fazia as raízes do meu cabelo suarem, o orvalho excessivo deixava as minhas mãos mais grudentas e o meu nariz ardia em cada respiração.

Permanecia naquela barraca espaçosa com meus braços cruzados e olhos atentos nos planos abertos em folhas de papel sobre a mesa de madeira. Mordia a minha bochecha como uma mania ansiosa, não por estar desconfiando da qualidade do meu trabalho, mas por saber que aquilo seria completamente inútil se por acaso acontecesse alguma chuva forte na nascente daquele rio.

Levei minhas mãos até os meus cabelos e os amarrei em um coque alto sobre a cabeça. A textura dos fios parecia colar e incomodava a minha nuca de um jeito abafado e, diante de tantas responsabilidades e planejamentos, qualquer mínima coisa parecia um pouco mais irritante do que o habitual.

Isso não acontecia apenas comigo e o incrível desejo de voltar a cortar o meu cabelo. Na verdade, para qualquer lado que olhássemos podíamos sentir a tensão pairando entre os troncos daquelas árvores como uma neblina silenciosa.

Salvadores precisavam conviver com pessoas de Oceanside, Hilltop e Alexandria. E se antes, quando eles mal saíam do Santuário, os ânimos já eram explosivos, agora a situação parecia cronometrar uma bomba relógio.

Todo mundo estava ansioso e nervoso. Preocupado com a construção da ponte e com a quantidade cada vez mais escassa de suprimentos. Talvez seja por esse motivo que os Salvadores estejam apenas desistindo da construção e simplesmente fugindo no meio do expediente.

STING [𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐈𝐈𝐈] daryl dixon⼁The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora