I love you like a love song | Harmione

1 | Todos os caminhos que percorri voltaram a você

Talvez tenha sido o uísque de fogo. Talvez fossem as cicatrizes que ainda a machucavam de vez em quando. Mas quando Hermione encontrou Ron pressionado contra a parede por Susan Bones, ela ficou furiosa. Harry estava caminhando ao lado dela em um minuto e, no outro, sua mão estava enrolada em seu pulso enquanto ela se esforçava para lançar feitiços em Ron e Susan.

— Seu desgraçado! Como você pôde!

— Hermione, eu não estava... ela...

— Ah, vai se foder com isso! — Assustado ao ouvir a maldição dela, Harry se soltou brevemente e ela se contorceu violentamente, tentando soltar a mão da varinha.

O tumulto estava atraindo as pessoas para a entrada, e a Mulher Gorda espiava para assistir ao espetáculo de mau gosto. Harry envolveu-a com as duas mãos com força e a puxou para trás e para longe, praticamente arrastando-a pelo corredor para longe deles, enquanto ela ainda gritava. — Não pensem que vou me esquecer disso - nenhum de vocês! Nunca!

Um empurrão mental com sua magia fez com que a porta de uma sala de aula vazia se abrisse e depois se fechasse, trancando-a atrás deles enquanto ele a puxava para dentro. Hermione estava ofegante, com a respiração quase soluçando.

Porra. Harry preferia a raiva dela às lágrimas.

— Eu simplesmente não sou boa o suficiente, por quê? Por quê? Sou irritante, é por isso! Sou mandona, é por isso! — A voz dela, cheia de lágrimas, o atingiu, fodendo o Ron. Ele tinha visto Ron aproveitar a atenção que recebia como herói de guerra - Harry nunca teria pensado que Ron se interessaria por outra bruxa. A imagem de Ron pressionado contra a parede surgiu em sua mente. Talvez Ron não tenha se aproximado - mas ele também não havia rejeitado Susan.

— Você é boa o suficiente, você é a melhor. — Ele contradisse Hermione, e ela balançou a cabeça tentando se afastar, mas ele a segurou com mais força. — Ouça-me. Ele sempre... — Harry se afastou e suspirou. — Você sabe, Ron sempre teve problemas com as coisas. Ele é assim mesmo.

Ela puxou os braços dele, que ainda a envolviam como uma camisa de força, e ele relutantemente a soltou. Ela se afastou dele por alguns passos, com a cabeça baixa. — Você não está entendendo - sou eu. Eu sou...

— Não. — Harry a alcançou, puxando-a para encará-lo, segurando seu queixo e inclinando-o para cima. Ele não ia ficar ouvindo ela se insultar. Ele se atrapalhou com os elogios. — Você é a melhor. A mais forte. A mais inteligente.

Harry pôde ver a rejeição no rosto dela antes que ela se afastasse dele novamente. E dessa vez... Talvez tenha sido o uísque de fogo que ele bebeu. Talvez fosse porque tudo em sua vida estava sempre tão fora de seu controle.

Era demais para ele - não ser capaz de consertar essa única coisa. Hermione não deveria nunca duvidar de seu valor - de sua integridade - depois de tudo o que passaram juntos. Em um minuto, Hermione estava de pé, um pouco afastada dele, olhando para as janelas da sala de aula e balançando a cabeça. No minuto seguinte, Harry a havia prendido contra a parede, com a mão segurando a dela acima da cabeça, enquanto a outra mão estava apoiada ao lado da cabeça dela, encurralando-a. Ele a faria ouvir, ela tinha que entender.

Seu rosto estava muito próximo do dela, a respiração se misturando, os lábios a milímetros de distância. — Você é uma boa garota. — Ele sussurrou para ela sem pensar.

Obviamente, ele estava com problemas mentais. Ele não tinha a intenção de dizer algo daquele jeito. Tão sexual. Mas suas palavras pareciam se expandir entre eles, assumindo um significado sem sua permissão.

Hermione ainda estava respirando muito forte, seja por causa da raiva ou da forte pressão do corpo dele contra o dela, ele não sabia. O que Harry sabia é que cada respiração dela pressionava seus seios firmemente contra o peito dele.