8 | Gostaria de saber quanto custaria

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Hermione sentou-se no meio de uma grande sala aberta no Ministério da Magia, o braço administrativo do governo dos bruxos, tão mundanamente ocupado por cubículos quanto o mundo trouxa. Ela se ajeitou ligeiramente na cadeira, puxando para baixo a saia lápis cinza curta e desabotoando o botão superior da manga longa branca.

Seus olhos percorreram a sala e uma pontada de insegurança a atingiu. Enquanto ela estava usando um traje de escritório trouxa profissional perfeitamente respeitável, todos os outros na sala estavam vestidos com trajes formais de bruxos.

O suor se acumulou em suas costas e ela ficou com calor, tentando conter a ansiedade de se destacar - de ser exposta como uma nascida trouxa que não sabia o que era melhor. Os papéis em sua mesa ficaram embaçados enquanto sua respiração acelerava. Sussurros a alcançaram, e ela olhou para cima e viu que todos estavam olhando para ela. Ela não conseguia entender o que estavam dizendo, e isso a estava deixando louca.

Finalmente, ela se levantou, batendo as mãos na escrivaninha. — O que! Para onde estão olhando? O que é isso! — Até ela podia ouvir o tom de histeria em sua própria voz.

— Você está sujando tudo. — Uma voz familiar, sardonicamente fria, gritou e ela olhou para ver Malfoy sentado em sua própria mesa, a algumas fileiras de distância.

O riso ecoou pela sala de tetos altos, parecendo se recuperar e ficar mais alto. Em seguida, uma risada maníaca familiar cortou o resto, fazendo com que seu coração começasse a bater no peito.

— Sangue-ruins imundos sujando nossos espaços! — A voz cantava e Hermione ofegou, tropeçando em um círculo para tentar localizá-la. Para ver Bellatrix Lestrange.

— Não, não, não, ela está morta. — Ela sussurrou para si mesma, com os olhos percorrendo as bruxas e os bruxos que olhavam fixamente para ela.

A umidade escorreu por seu braço e Hermione olhou para baixo para ver o sangue pingando do corte em seu braço, as feridas tão frescas quanto no dia em que foram feitas. A manga de tecido branco de sua camisa de botão estava presa ao braço, com as palavras "sangue-ruim".

Ela levantou os olhos com um grito, segurando o braço; a dor que se irradiava para cima era tão forte quanto a que sentira quando a faca cortou sua pele. Os funcionários do ministério ficaram olhando para ela, alguns deles sorrindo, com um julgamento silencioso em seus olhos.

— Hermione! Acorde! — A voz familiar a chamou, estendendo a mão para ela.

Hermione acordou com um grito, agarrando o braço, com os braços de Harry apertados em volta dela. Sua garganta doía, como se alguém a estivesse sufocando, e ela não conseguia recuperar o fôlego. Ela ainda podia sentir os olhos sobre ela. Todos a estavam observando. — Eles estão me observando, eles estão me observando. — Seu sussurro era rouco e desesperado.

— Shhh, shhh, estou com você. Ninguém pode ver você. — Harry sussurrou para ela, arrancando o cobertor de seu emaranhado retorcido e enrolando-o firmemente em torno dela, cobrindo-a da cabeça aos pés e deixando a menor abertura para que ela pudesse vê-lo. Ele a embalou gentilmente em seu colo, silenciando seus sussurros frenéticos.

Hermione ouviu Harry conversando com pessoas, mas estava distante, toda a sua mente estava ocupada com o pesadelo, com a dor esmagadora no peito causada pelo seu próprio coração tentando bater para fora do peito. Ela não sabia como Harry tinha conseguido entrar no dormitório feminino e não se importava. Ela se importava com a força com que ele a segurava, mantendo-a unida.

Hermione se importava com o som da voz de Harry quando ele sussurrava para ela, dizendo que ela estava segura e que ele a amava. Harry a levantou, levando-a para sua cama no dormitório masculino, usando alguns amuletos de impulso para não escorregar pela escada que se transformou em um escorregador assim que ele saiu do dormitório feminino.

I love you like a love song | HarmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora