Capítulo VI. Os medos de Martin

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Eu estava correndo sem parar naquela casa abandonada enquanto os mascarados me perseguiam. Minha mente estava a mil, tentando encontrar uma maneira de escapar. Luciano estava comigo e tentava me manter calmo, mas eu não conseguia deixar o medo de lado.

"Martin, vem comigo!" Gritou Luciano, apontando para a porta dos fundos da casa. Corremos em direção à porta, mas os mascarados nos cercaram. Não havia para onde ir.

"O que vamos fazer, Luciano? Não podemos morrer assim!" Gritei, em pânico.

"Eu não sei, mas temos que encontrar uma maneira de sair daqui!"

Ele respondeu, lutando com os mascarados.
Finalmente, conseguimos escapar e nos esconder na floresta. Encontramos um lugar no meio da floresta para nos escondermos até que os mascarados passassem. Eu estava com muito medo, mas também sentia o frio intenso que cortava minha pele.

De repente, ouvimos uma grande explosão vindo de trás de nós e nos escondemos atrás de uma árvore para esperar que os mascarados se afastassem.

"Calma, Martin. Eles já foram embora. Estamos seguros agora." Disse Luciano, colocando a mão no meu ombro.

"Não sei como você consegue ficar calmo em uma situação dessas." Respondi, ainda tremendo.

"Eu não estou calmo, Martin. Mas precisamos manter a cabeça no lugar se quisermos sobreviver." Ele respondeu.
Luciano tentou me confortar. Por algum motivo, isso me deixou ainda mais irritado e comecei a discutir com ele.

Eu fiquei tão irritado e frustrado com toda aquela situação, que acabei descontando no Luciano.A culpa era dele, eu pensei, por termos nos perdido na floresta. Mas Luciano estava cansado das minhas reclamações e também começou a ficar irritado. Nós começamos a discutir e eu acabei saindo sozinho em busca de uma saída da floresta.

"Eu não vou ficar parado aqui esperando por eles. Vou sair daqui e encontrar um lugar seguro." Falei, determinado.

"Martin, não seja burro. É perigoso ir sozinho." Disse Luciano, tentando me impedir.

"Eu prefiro morrer tentando do que ficar parado aqui sem fazer nada." Respondi, indo embora na frente.

A escuridão já havia tomado conta do ambiente quando finalmente saímos da floresta e chegamos no portão do dormitório. Para nossa surpresa, o portão estava trancado e não havia ninguém para nos ajudar. Não tínhamos para onde ir e pouco dinheiro. Sem muitas opções, decidimos ir para um hotel barato para passar a noite.

"E agora, o que faremos?" Perguntou Luciano, exausto.

"Não sei. Precisamos de um lugar para ficar, mas não temos muito dinheiro." Respondi, preocupado.

"Foda-se o dinheiro, vamos procurar um hotel barato." Disse Luciano, determinado.

Depois de caminhar um pouco, encontramos um lugar que parecia bom o suficiente e alugamos um quarto. O quarto era pequeno e desconfortável, mas pelo menos estávamos seguros e longe dos mascarados.

Eu estava tão cansado e abalado emocionalmente que acabei adormecendo imediatamente.
Acordei no meio da noite com o corpo quente e suado. Senti algo macio embaixo de mim e abri os olhos devagar. Logo percebi que estava abraçado com o corpo do Luciano. Ele estava dormindo profundamente, com a respiração calma e serena. O quarto estava escuro e silencioso, exceto pelo som do ar-condicionado.

Senti meu coração disparar e minhas bochechas esquentarem. Eu não sabia o que fazer. Nunca tinha me sentido assim antes. Era uma mistura de medo, excitação e confusão. Eu não sabia o que fazer com esses sentimentos.

Mas por que eu estava tão confortável em seus braços? Por que eu queria ficar assim para sempre?
Me afastei devagarinho, tentando não acordá-lo, mas ele se mexeu um pouco e eu congelei, com medo de que ele acordasse e percebesse o que estava acontecendo.

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⏰ Última atualização: Jul 09, 2023 ⏰

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