O Amor da Passagem

Capitulo 1

Pensando agora na minha vida,vejo que sou muito sortuda. Moro em uma bela e maravilhosa mansão,tenho empregados até pra escovar meus dentes,tenho uma bela ferrari,uma escola super boa e o melhor só pra rico Claro! E lindos pais.

Meu pai é dono de uma grande empresa de marketing' e, minha mãe é uma conhecida advogada.

Olá! Meu nome é Dakota Benson,tenho 16 anos. Eu sou rica e muito linda. Meus compridos cabelo castanho,meus grandes olhos verdes,minha pele branquinha,posso dizer que sou uma perfeição de anjo.

- Querida vamos levantar - Dora minha empregada fala.

Não sou muito de pegar amizade com empregados,acho isso muito ridiculo. Mas Dora é muito especial. Ela trabalha pra gente há mais de dez anos. É como se ela já fosse da família.

- Já são 6:00Hr Dora? - Meus olhos ainda não se acostumaram com a claridade.

- Sim. Levanta rápido,logo logo é o horário pra vocês viajarem.- ela diz já abrindo meu closet e pegando minha mala.

- Vou tomar um banho e já vou vim te ajudar -digo levantando da cama e indo pro meu banheiro.

Meus pais e eu iriamos viajar, pra Londres. Ficaríamos uma semana inteira lá. Uma semana longe da escola,longe de problemas... não que eu tivesse! Mais estaria longe.

Estava na minha banheira quando Dora abre a porta com tudo!

- Oque foi Dora? - grito precupada. Ela nunca fez isso.

Pego a toalha e me enrolo. Vejo que Dora está chorando. Me ajoelho ao seu lado.

- Dora o que aconteceu?

-Eu sinto muito querida! Eu sinto.... tanto- Ela soluça sem parar. Eu não entendo o porquê de ela sentir muito. Será que ela estragou alguma roupa?

- Dora o que está acontecendo? -coloco minhas mãos nos seus ombros.

- Eles estavam indo pra empresa juntos e, um carro desgovernado -ela da uma pausa - eles não resistiram. Seus pais infelizmente não resistiram. -

Quando ela fala isso meu mundo cai. Mais como? Eu não poderia ter perdido meus pais. Eles eram tudo pra mim. Começo a chorar, a Dora me abraça . Ficamos horas abraçadas no chão.

- Dora eu preciso vê-los,por favor- me levanto e vou pegando minha bolsa

- Si- sim. Vamos até o hospital- ela me ajuda.

Coloco uma roupa qualquer e vou rumo ao hospital.
David meu motorista já estava no carro.

Chegamos por cerca de meia hora. Quando entro no hospital,vejo meus tios e tias chorando, e vejo alguém que não esperava, a pessoa que eu não queria ver. Luke,meu irmão.

- Sinto muito minha querida!- diz minha tia vindo me abraçar.

Não aguento e caio no choro. Eu a abraço tão forte que acho que a machuquei um pouco.

- Dakota - olho pro lado e vejo o Luke,com o rosto inchado,olhos vermelhos e os cabelos todo desorganizados.

- O que você tá fazendo aqui? - aponto o dedo na cara dele. Estou possessa de raiva.

Luke nos abandonou,preferiu pegar sua herança e fugir. Quando mais precisavamos dele,ele não estava aqui.

- Sei que esta brava. Eu recebi uma ligação falando que nossos pais sofreram um acidente. Peguei o primeiro voô, vim o mais rapido que pude,mais eles não resistiram. Me desculpe irmã! Nunca devia ter deixado vocês!

- Eu ainda não acredito que eles se foram! Eles não podem ter morrido. E eu? Eu não quero ficar sem meus pais. - caio em lágrimas.

- Eu estou aqui,você não vai ficar sozinha. Eu te amo, fica calma- ele me abraçou.

Eu perdi meu chão,meu teto, minha vida! Meus pais eram tudo pra mim, e agora eles me deixaram,estou sozinha no mundo.

Pensamentos tomam conta de mim. Quantas vezes poderia ter demonstrado mais o meu amor por eles. Lembro-me das cantigas da minha mãe,da comida dela,mesmo que a gente tinha cozinheira ela fazia questão de cozinhar,meu pai sempre amoroso,com seus mimos,suas gargalhadas mais engraçadas, das suas cosquinhas. Eu nunca vou me esquecer do amor que eu recebi, da vida.

Eu amo vocês.

Meia hora depois o médico aparece.

- Quem é Luke Benson e Dakota Benson por favor?

- Aqui - dissemos em uníssono

- Bom algum de vocês são maiores de idade?

- Eu - diz Luke se levantando.

Eu me encolho e fico sentada na poltrona da recepção.

- Você terá que assinar os papéis do velório. Por favor me siga.

Luke olha pra mim e o segui.

Eu começo a chorar novamente e todos da família vem me consolar. Mais não adianta. Eu queria que não fossem eles.

Depois de muitas horas no hospital, fomos embora, eu com muita briga.

Descobri que o cara que bateu no carro dos meus pais, estava bebado,perdeu o controle e fez com que o carro dos meus pais capotasse, ele se chamava Edward, tinha 43 anos, e ele também não resistiu.

Minha mãe ainda tinha chances de sobreviver,mais meu pai morreu na hora. Minha mãe ia fazer uma cirurgia,mais quando estava indo pra sala de cirurgia,não resistiu.

Estamos indo pra casa no carro de Luke.

- Dakota,vai ficar tudo bem. Eu prometo, eu estou aqui com você- ele coloca sua mão no meu braço.

Eu o olho incrédula, com raiva.

- Até quando? - tiro sua mão rispidamente. Ele me olha com o olhar confuso - até quando você vai estar comigo? Porque se eu me lembro bem,você nos deixou e nem quis saber se estavamos sofrendo. Foi muito dificil pra nossa família, mais com o tempo aprendemos a esquecer. Eu esqueci você - quando falo isso ele abaixa a cabeça e dá pra ver lágrimas nos seus olhos- você prometeu que ia ficar comigo. Mas você me deixou. - Lágrimas escorrem pelo meu rosto - Então não venha falar que vai ficar comigo.

Desabafo tudo de uma vez. Me sinto aliviada, mais a dor de não ter ninguém ainda está em mim.

-Me desculpa

Não respondo. Olho pra janela e acabo dormindo.

***

- Feliz aniversário -

Eu não acreditei meu aniversário de 13 anos. Todos estavam lá. Luke, Dora, minha mãe e meu pai.

- Obrigada gente. - digo com lágrimas nos olhos.

- Toma é pra você - minha mãe me estende uma caixa com um grande laço lilás.

Quando abro sinto meu rosto molhado com as gotas de choro. O que eu havia pedido há muito tempo. O colar de pérolas que era da minha família a anos. Passavasse de geração em geração.

A pessoa só ganhava aquele colar quando ela se tornava uma mulher. No meu caso uma mulescente.

- Te amamos querida.

- Também amo vocês.

****

- Dakota acorde- abro os olhos devagar e vejo o Luke. - chegamos em casa,levanta.

Saio do carro e fico olhando a grande mansão. Só de pensar que quando eu entrar lá,não vou ver meus pais. Me machuca muito.

- Quanto tempo não entro nessa casa. Estou morrendo de saudades - Luke diz ficando do meu lado - Vamos entrar. - ele vai indo na frente e eu o sigo.

Quando entro sinto uma vontade de chorar. Aqui foi meus primeiros passos,primeiras palavras e, tudo isso com eles por perto.

Subo as escadas e entro no quarto deles.
Passo a mão em cada móvel, vejo na parede um quadro dos meus pais. Começo a chorar.
Deito na cama e meus soluços já são altos.

Acabo dormindo ali mesmo. Tinha que ter forças,até porque na manhã seguinte vai ter a parte mais dificil. A despedida!.