O convite

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Kenji Fuyukasami estava exausto depois de mais um jogo de futebol acalorado com sua equipe local. Ele era um garoto japonês de 16 anos apaixonado pelo esporte, com uma determinação inabalável e um talento natural para marcar gols. Seu coração acelerava a cada partida, e ele sempre se esforçava ao máximo para ajudar sua equipe a vencer.

Desde seus 9 anos, Kenji era um garoto japonês cuja paixão pelo futebol era inegável. Desde pequeno, ele dominava a bola com seus pés ágeis, driblando adversários e marcando gols com uma precisão impressionante.

O vestiário fervilhava com a alegria da vitória. Os jogadores cantavam, dançavam e se abraçavam, ainda eufóricos com o placar final. No meio da festa, Kenji se sentava em silêncio, fitando o chão com um olhar sombrio.

Embora seu time tivesse vencido, Kenji não se sentia satisfeito. Durante o jogo, ele se conteve, sacrificando suas jogadas individuais em prol do bem da equipe. A frustração o consumia por dentro. Ele queria mais, ansiava por liberdade para expressar seu talento sem amarras.

Enquanto seus companheiros comemoravam, Kenji se levanta e se isola em um canto do vestiário, enquanto trocava de roupa. Kenji revivia os momentos da partida.

O estádio era um turbilhão de sons e cores, mas tudo o que ele via era o gol, à sua frente, como um portal para a glória.

Com a bola dominada, Kenji driblava com agilidade, deixando seus oponentes para trás. Cada passo o aproximava do momento que ele tanto ansiava: marcar um gol e ser o herói da partida.

Ao chegar à meia-lua da grande área, Kenji olhou para o lado. Yukimiya Kenyu, o centroavante da equipe, estava livre e pedindo a bola. "Kenji, passa a bola! Estou livre!"

Mas Kenji ignorou o pedido. A adrenalina corria em suas veias, e ele estava determinado a fazer o gol por conta própria.

Com um chute potente, Kenji mandou a bola no canto do gol. Mas, por um golpe do destino, a bola bateu na trave e ricocheteou para fora da área.

Antes que Kenji processasse o que havia acontecido, Yukimiya Kenyu surgiu como um raio e pegou o rebote. Com um chute magistral, ele mandou a bola para o fundo das redes, fazendo o campo explodir em júbilo.

Kenji ficou paralisado, o olhar perdido entre a trave e o gol. Uma onda de frustração e decepção o dominou. Ele havia perdido a chance de ser o herói, e agora era Yukimiya quem estava sendo celebrado.

O ar carregado de suor, gritos e o cheiro de grama fresca se misturava com o som dos chuveiros e o barulho das chuteiras batendo no chão. Em meio ao caos, Kenji se vestia apressadamente, ansioso para deixar o local e voltar para casa.

A frustração ainda o consumia por dentro. A imagem do chute que bateu na trave o assombrava, e a lembrança da bronca do treinador ecoava em seus ouvidos. Ele havia decepcionado a todos, e o peso da culpa o oprimia.

Enquanto lutava para colocar suas meias, Kenji ouviu uma voz familiar atrás de si.

"Ei, Kenji", Yukimiya Kenyu disse com um sorriso arrogante. "Aonde você pensa que vai?".

Kenji se virou, encontrando o olhar penetrante de Yukimiya sobre ele.

"Eu... eu vou para casa", Kenji gaguejou, tentando evitar contato visual.

"Tão cedo?", Yukimiya perguntou com sarcasmo. "Ainda tem muita coisa para aprender, garoto."

Kenji engoliu em seco, sentindo o sangue ferver em suas veias.

"Você acha que pode me superar como atacante?", Yukimiya continuou, sua voz agora carregada de desdém. "Você continua muito verde, Kenji. Você nunca será tão bom quanto eu."

blue lock: time YOnde histórias criam vida. Descubra agora