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🎸 | Boa leitura!

Com muito esforço, consigo chegar até o quarto de Cole o ajudando a não cair e rolar os degraus da escada

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Com muito esforço, consigo chegar até o quarto de Cole o ajudando a não cair e rolar os degraus da escada. O primeiro andar parece intocado, provavelmente ele proibiu as pessoas de subirem, o que explica estarem usando a grama do jardim para transar. Ele se afasta de mim assim que entramos em seu quarto e vai até a cama, onde se senta na beirada.

— Vai, pode discursar. — fala.

— Não vou fazer isso agora, você está bêbado. Amanhã falamos sobre a sua irresponsabilidade e tentaremos conter os estragos que ela causou.

— Você é insuportável! — bufa. — E acabou de chegar aqui. — se joga para trás, deitando no colchão. — Você sabe que eu sou um rockstar, não sabe? Eu tenho que fazer essas coisas, tenho que me soltar e ser inconsequente de vez em quando. — sua voz está calma, é como se ele quisesse realmente explicar as razões de tudo isso.

— Isso era divertido quando você tinha vinte anos, Cole, agora é só patético. Depois de ter dito que não gosta da fama, logicamente fazer uma festa sem limites é uma coisa que vai dar a entender que você está no fundo do poço e resolveu ligar o foda-se. Quer que as pessoas digam que você está sendo obrigado a continuar trabalhando? Que procurem qualquer coisa mínima pra criar uma enorme teoria da conspiração sobre você parecer estar odiando fazer uma turnê?

— Você está exagerando.

— É você quem não está pensando. Aliás, não precisa pensar, eu faço isso por você, sua única tarefa é me ouvir e nem isso você consegue fazer direito!

— Ah, eu consigo fazer sim, eu só não quero. — solta um riso abafado.

— Trate de querer se não quiser que a sua fama vá para debaixo da lama e você precise implorar pra que alguém faça um feat com você.

— Eu não faço feats. — vira a cabeça para me encarar. — Não preciso disso.

— Se quer continuar não precisando, faça o que eu digo! — aumento minha voz nessa última frase. — Não era nem para eu estar te falando isso agora. — vou até ele e começo a puxar os tênis dos seus pés. — Durma. Eu vou resolver a bagunça na casa.

— Não vai cantar uma canção de ninar para mim? Que tipo de babá é essa? — brinca no meio de uma risada.

Retiro os meus óculos e aperto a ponte do nariz, respirando fundo por um instante para não explodir de raiva. Vou até ele, seguro o seu rosto apertando as suas bochechas e fazendo questão de estar bem perto para que ele tenha toda a noção do quanto estou fora de mim.

— Quando você resolver crescer, a gente conversa sobre agir como adultos. — falo num tom baixo, porém ameaçador.

— Ah... — ele murmura como se estivesse surpreso. — Você tem olhos bonitos. — sua voz sai arrastada enquanto ele observa minhas íris com atenção. — Muito bonitos.

Backstage ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora