Capítulo 30: Saia, Isabel

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Enquanto o sol despontava no horizonte, banhando a mansão em um suave tom dourado, Isabel desperta na suntuosa cama da mansão. Ela sente a brisa morna que adentra pela janela aberta e, ao se mover, percebe a ausência de suas roupas. A lembrança da noite de prazer com Letícia a envolve como um véu de culpa e confusão.

Deslizando os lençóis de cetim, Isabel levanta-se e segue para o banheiro adjacente ao quarto. O ambiente é amplo e luxuoso, revestido em mármore branco que reflete a luz suavemente. O chuveiro de cristal proporciona uma sensação de pureza e indulgência ao mesmo tempo.

Enquanto a água morna escorre sobre o corpo de Isabel, seus pensamentos são dominados pelo turbilhão de emoções que a consomem. Ela questiona a si mesma sobre o que aconteceu e o que isso significa para o seu relacionamento com Ana.

De repente, Letícia entra no chuveiro, envolvendo Isabel com seus braços esguios e escorregadios. Aproximando-se por trás, ela encaixa-se no corpo de Isabel, provocando uma mistura de sensações confusas.

"Você pertence a mim, Isabel", sussurra Letícia com uma voz sedutora. "Eu conheço seus desejos mais secretos e sou capaz de levá-la a prazeres inimagináveis."

Isabel sente uma pontada de desconforto diante da afirmação dominadora de Letícia, mas prefere guardar suas dúvidas e angústias para si mesma. Ela permanece em silêncio, sem revelar seus verdadeiros sentimentos, enquanto o calor do chuveiro envolve seus corpos nus.

A água escorre pelos contornos dos corpos delas, mesclando-se com o desejo que ainda perdura entre elas. O toque de Letícia é experiente e envolvente, despertando um fogo interior em Isabel que ela se esforça para controlar.

Entre suspiros e arrepios, Isabel deixa-se levar pelas mãos habilidosas de Letícia, explorando os limites do prazer e da luxúria. Enquanto os corpos se movem em harmonia, elas compartilham um momento de intimidade selvagem, sabendo que a realidade logo retornará para assombrá-las.

Isabel, com o coração pesado e a mente repleta de dúvidas, deixa para trás a magnífica mansão de Letícia. Antes de partir, Letícia questiona se aquele encontro intenso entre elas terá continuidade. Isabel, sentindo-se dividida, responde com incerteza, prometendo que ligará, mas sem oferecer qualquer garantia.

Determinada a acertar as coisas com Ana, Isabel se apressa em direção à casa dela, seu coração batendo com uma mistura de esperança e apreensão. Ao chegar, ela se depara com uma cena que a deixa atordoada. Ana está lá, acompanhada por Mike e Ally, imersa em um ambiente de fumaça e bebidas.

A tristeza invade o peito de Isabel ao ver sua amada envolvida em comportamentos autodestrutivos. Com coragem, ela se aproxima de Ana, desejando conversar e expressar suas preocupações. No entanto, Ana a recebe com palavras duras, afirmando que é Isabel quem a faz mal. Sem rodeios, ela exige que Isabel pegue suas coisas e saia.

As palavras de Ana atingem Isabel como um soco no estômago. A dor e a tristeza se misturam dentro dela, mas ela tenta se manter firme. Com lágrimas nos olhos, Isabel reúne suas emoções e recolhe seus pertences, pronta para partir.

O ambiente ao redor parece pesado e opressivo, refletindo o turbilhão de emoções que Isabel está vivenciando. Ela se afasta da casa de Ana, sentindo-se perdida e desamparada. Cada passo que ela dá afasta-a ainda mais do único lar que conheceu nos últimos tempos.

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