🚫Continuação do primeiro livro, caso não tenha lido, ele se encontra na plataforma para assim ter o total entendimento e dar início ao segundo livro🚫
"Às vezes, preciso me lembrar da minha força. Preciso porque em alguns momentos ela parece despar...
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As únicas lembranças que eu tenho antes de ter apagado fora de Christopher me espancando com violência, depois disso minha mente desligou e tudo ficou escuro. Posso escutar vozes mas sem conhecer nenhuma delas, sinto estar deitada contra algo bem macio porém uma pressão em um dos tornozelo, bem devagar abro os olhos mas a claridade me impede e volto a fecha-los mais uma vez.
— Bom dia, bela adormecida!
Reconheço a voz agora bem próxima do meu ouvido, era a voz dele, o colchão ao meu lado afunda anunciando que ele estava sentado do meu lado.
— Espero que tenha dormido bem para cuidar dos seus machucados, bom, sinto muito ter deformado esse rostinho lindo com alguns pontinhos. — ele sorriu e consigo abrir os olhos me acostumando com a luz.
Todo meu corpo dói, parecia que um trator havia passado por cima de cada membro meu! Respirar estava sendo um sacrifício imenso que meu corpo ainda fazia, engulo seco segurando o choro por estar sentindo muita dor, Christopher havia acabado comigo.
— Agora vamos a pergunta principal princesa, onde está a minha filha? Vou te ajudar. — ele sem delicadeza me puxa pelos braços arrancando um grito de sofrimento da minha garganta, me encosta na cabeceira da cama entrando no meu campo de visão.
— P-por favor Ucker...— digo em súplica, meu pé estava preso com uma algema super apertada.
— Você fugiu de mim, levou meu bebê junto com você Dul, como acha que eu me sinto? — o desgraçado começou a chorar na minha frente. — deixou que outro homem assumisse meu bebê e tirou metade da sua vida de mim, um direito que era meu.
Sentia tanta vontade de falar tudo o que sinto, de jogar em sua cara todos os momentos que ele me fez passar durante quase dois anos. Me fez passar por mentirosa, por louca, jogou minha própria família contra mim e por conta disso eu passei o próprio inferno na terra. Mas minha preocupação era meu tornozelo, ele estava começando a ficar dormente e eu sabia os possíveis riscos disso, poderia perder meu pé por falta de circulação do sangue.
— C-christopher meu tornozelo...está doendo...
— Acha que eu ligo? — ele de propósito apertou ainda mais a algema fazendo-me gritar de dor. — cadê a Emanuella? Cadê o meu bebê sua infeliz?
Soluço por conta do choro desesperado e doloroso, sentia os ferros da algema adentrando meu tornozelo a cada movimento que involuntariamente eu fazia.
— Se eu te liberar você vai falar onde está o meu bebê? — concordo desesperada apertando os lençóis da cama. — se você tentar fugir ou pensar, eu te garanto que será a última vez porque eu acabo com você princesa!
Christopher sem delicadeza destrava a algema com uma mini chave e puxo meu pé, já estava ficando roxo e ao solta-lo, sinto um alívio.
— Por favor Christopher, a gente já deu o que tinha que dar, você me faz sofrer e por si só se faz sofrer também! — abraço os meus joelhos, meu corpo inteiro tremia internamente, era medo. — a única coisa boa que aconteceu entre nós dois foi a Laura, a nossa filha...
— Você não me respondeu onde está o meu bebê, Dulce!
Minha cabeça estava em um turbilhão de pensamentos nesse momento, se eu falasse onde estava eles dois era capaz de Christopher matar Arthur e sumir com a minha filha, mas o pior não só isso, eu realmente não sabia onde eles tinha ido e a última coisa me eu me recordo foi dele falar que iria comprar alguma coisas para nós.
— Chris...eu também senti a sua falta! — digo palavras que ele queria ouvir, eu tinha que entrar no seu jogo ou eu ia sofrer as consequências disso.
— Eu sei disso meu bem, eu sei que você sentiu falta do tempo em que éramos nós dois e nossa filha.
Christopher acaricia meu rosto olhando em meus olhos, ele não estava normal — ou na verdade nunca foi, eu quem estava louca de ter ficado com ele — ele fez menção de me beijar, mas acabo virando o rosto levemente, eu estava com medo.
— Cadê a minha filha? Eu não vou perguntar mais uma vez Dulce. — meu coração gelou ao ver ele apontar um revólver na minha cabeça, engulo seco perdendo o restante de força que eu ainda pensava que tinha.
— C-hristopher por favor não me mate, você não está pensando direito...
— Eu vou te matar porque eu te amo princesa, a gente vai ficar juntos como uma família mais uma vez, cadê o meu bebê? — ia inventar alguma coisa quando Christopher me bateu na testa com o cano da arma, o sangue escorreu como cachoeira.
— Eu não sei, por favor não me bate mais! — digo desesperada tentando estancar o sangramento com as mãos. — Eu não sei onde está a Laura, eu não sei, eu não sei....
— Mentirosa desgraçada!
Christopher agarrou meu pescoço e começou a apertar com muita força, me debato esmurrando suas mãos para me liberar mas ele aperta mais ainda impossibilitando a minha respiração. Desesperada apalpo a mesinha do lado e sinto algo pesado, sem pensar duas vezes acerto a cabeça dele com uma bola de ferro do tamanho da minha mão. Ele cai desacordado encima de mim e respiro desesperada tossindo, agradeço a Deus por ter me dado coragem e sem pensar duas vezes jogo seu corpo no tapete, me levanto da cama em busca do seu telefone.
— Cadê cadê...— minha preocupação era que ele acordasse, aí sim eu iria partir dessa para outra, enfio as mãos no seu bolso e graças a Deus encontro.
Não demorei para ligar pro Arthur e dizer onde eu estava, ele já sabia o que tinha acontecido na nossa casa e incrivelmente ele já sabia o endereço e só pediu que eu descesse o mais depressa possível.
No hall das escadas começo a descer depressa sem me importar com meu tornozelo machucado, graças a Deus não tinha ninguém na sala e escuto a buzina insistente fora de casa.
— Eu já tô indo amor!!!!
Abro a porta da casa e meus olhos vêem Arthur dentro do carro, eu nunca me senti tão feliz na vida como nesse exato momento. As dores em meu rosto e no corpo pareceram sumir por segundos, quando estava chegando no portão alguém me puxa pelo pescoço apertando com tanta força que pensei que se quebraria ao meio.
— Eu estava com saudade, coração!
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Garotas, atualizei o outro livro mais cedo, prometo voltar em breve, até mais e não esqueça de deixar seu voto e comentário.
